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Uma década de proximidade entre Guterres e Angelina Jolie

O jornal espanhol “El Mundo” defende que vitória esmagadora de Guterres na ONU se terá devido (e muito) ao apoio da amiga Angelina Jolie.
10 Outubro 2016, 15h35

“António Guterres não era de longe o mais conhecido dos candidatos ao cargo [de secretário-geral da ONU], mas foi o único que teve o apoio do público e o apoio notório de uma das mulheres mais famosas do mundo: Angelina Jolie”, escreve esta segunda-feira o jornal espanhol “El Mundo”.

O jornal defende que António Guterres terá tido uma grande vantagem ao beneficiar do apoio da atriz norte-americana. Angelina Jolie é uma das atrizes mais conhecidas nos ecrãs de Hollywood e uma das vozes mais sonantes na luta pelos direitos humanos e terá sido um trunfo na manga do candidato à ONU, pela sua popularidade e influência a nível global.

Guterres e Jolie trabalharam juntos durante “quase uma década” em inúmeras ações relacionadas com a crise dos refugiados, sublinha o jornal espanhol. Guterres tornou-se Alto-comissário da ONU para os Refugiados em 2005, altura em que terá conhecido a atriz e embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas. Juntos visitaram vários campos de refugiados, entre eles o de Tunísia, Lampedusa e Turquia.

Em janeiro de 2014, numa entrevista à SIC, Angelina Jolie destacava o trabalho “de bastidores” do agora eleito secretário-geral da ONU. A atriz e embaixadora da Boa Vontade na ONU elogiava “a personalidade e a competência” de Guterres, “por quem tenho um enorme respeito e é uma honra trabalhar lado a lado com ele por esta causa [refugiados]. Não é apenas um excelente Alto-comissário, mas, acima de tudo, um grande ser humano. Guterres faz muito mais do que se vê. É incansável”.

Também Guterres não poupou elogios a Jolie: “É uma excelente embaixadora da boa vontade. Vive o problema dos refugiados como se fosse seu. Cria uma afinidade com eles [refugiados] e dá-lhes força. Com a sua fama, chega a milhões de pessoas e é uma grande ajuda”, terá dito António Guterres durante uma visita a um campo de refugiados.

De acordo com o conceituado jornal da vizinha Espanha, terá sido “este interesse comum por ajudar os outros, por dar voz a quem mais precisa” que terá criado “uma estreita amizade e admiração mútua”; “uma união perfeita que deu frutos”.

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