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Declarações de Trump levam Wall Street a negociar pouco alterado

Presidente afirma que a força do dólar ‘é culpa sua’ e da confiança que transmite. Hoje começa a época de resultados do setor bancário, com destaque para as contas da JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup.
  • REUTERS/Shannon Stapleton
13 Abril 2017, 16h24

Os mercado acionistas norte-americanos negoceiam pouco alterados no dia em que se inicia a época de resultados do setor bancário, com destaque para as contas da JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup, entidades cujas ações valorizaram largamente com o rally Trump. De acordo com o BPI, os analistas prevêem um aumento de 12% nos lucros do setor bancário do primeiro trimestre face ao período homólogo.

Hoje, o industrial Dow segue flat nos 20,589.38 pontos, o financeiro S&P 500 também segue praticamente inalterado nos 2,346.55 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq regista uma valorização ligeira, de 0,28% para 2,346.55 pontos.

Os índices refletem comportamentos defensivos da parte dos investidores, causados pelas tensões geopolíticas decorrentes do conflito na Síria e na relação com a Coreia do Norte que marcaram esta semana, avança a Bloomberg. Acrescenta-se a actual ‘má relação’ diplomática dos EUA com a Rússia, geradora de ainda mais fricção na matéria do conflito no país árabe.

A marcar o sentimento na praça estão ainda as declarações do presidente Trump, publicadas hoje no Wall Street Journal, relativamente à força do dólar e ao seu desejo em manter as taxas de juro baixas. Um dólar mais fraco favoreceria as exportações: “É muito, muito difícil de competir quando se um dólar forte e outros países desvalorizam as suas moedas”, disse o republicano, acrescentando ainda que a força da moeda é ‘culpa sua’.

“Penso que o dólar está a ficar demasiado forte e isso é, parcialmente, culpa minha porque há muita confiança em mim”, disse Trump ao jornal, seguindo-se uma descida das yields das Treasuries e do dólar durante o início da manhã. Relativamente à política monetária, o presidente norte-americano prefere uma política de baixas taxas de juro.

O presidente deixou ainda aberta possibilidade da renovação do mandato da presidente da Fed, Janet Yellen.

Estas incertezas e resposta defensiva dos investidores estão a levar as cotações do ouro e das obrigações de Estado americanas (ativos de refúgio) a atingirem os máximos dos últimos meses, revela a Bloomberg. Os mercados estão encerrados sexta-feira devido à Páscoa, o que também leva os investidores a ter cautela antes da pausa.

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