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Deco proteste revela que 40% dos portugueses não têm margem financeira se existir agravamento da crise

A Deco Proteste também revela que 73% dos questionados concordam com as sanções à Rússia e são da opinião de que a União Europeia deve mantê-las.
24 Maio 2022, 11h01

A Deco Proteste analisou o impacto da guerra na Ucrânia na vida dos consumidores portugueses e concluiu que 40% dos portugueses não têm margem financeira se existir agravamento da crise.

Apesar de 40% revelar não ter margem financeira, 73% dos questionados concordam com as sanções à Rússia e são da opinião de que a União Europeia deve mantê-las, mesmo que afetem também as economias dos Estados-membros.

O receio de gastar dinheiro nestes tempos incertos foi uma das consequências que a guerra trouxe, com 81% dos portugueses a confirmar esta preocupação. No geral, a Deco verificou que 73% reconheceu que parte dos seus hábitos de consumo foram afetados.

No caso da alimentação mais de metade dos inquiridos admitiu ter escolhido marcas mais baratas no supermercado, como as das insígnias (53%), e com 40% a cortarem nos alimentos que não entendem como essenciais, como é o caso do álcool, dos doces e dos salgados.

A contenção abrangeu também a água e a energia que são usadas com mais moderação com 46% dos participantes a dizer que desligam mais vezes os eletrodomésticos ou evitam usá-los. Nas deslocações, metade dos inquiridos também garantiu que usa menos o carro e 35% alegam fazer uma condução mais económica.

Quanto à saúde mental 64% dizem-se ainda afetados nessa área, com a maioria a estimar a continuação do aumento dos preços da energia (91%) e dos combustíveis (89%).

Relativamente ao aumento de preços 87% considerou que muitos produtos sem relação com o conflito estão agora mais caros.

O estudo da Deco também indicou que 75% dos portugueses receiam um cenário nuclear.

Sobre os resultados, Ana Guerreiro, das Relações Institucionais da DECO PROTESTE, destacou as alterações nos hábitos de consumo dos portugueses e admitiu estar preocupada “com as pressões inflacionistas, aceleradas pela guerra na Ucrânia, que se fazem sentir em áreas tão sensíveis para o dia-a-dia das famílias, da alimentação às atividades sociais e de lazer, passando pelas compras para a casa ou pela saúde

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