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Demissão Marta Temido. “Ficamos sem saber se se demite uma ministra ou se se acaba uma política”, diz IL

“Neste sentido, não é possível dizer se esta demissão é uma boa ou uma má notícia para aqueles portugueses que não têm alternativa senão recorrer aos serviços públicos de saúde”, afirma Cotrim de Figueiredo em comunicado.
30 Agosto 2022, 10h49

O líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, afirmou esta terça-feira que a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido “não significa, necessariamente, uma alteração das políticas que têm conduzido ao caos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. “Ficamos sem saber se se demite uma ministra ou se se acaba uma política”, sintetiza em comunicado.

“Neste sentido, não é possível dizer se esta demissão é uma boa ou uma má notícia para aqueles portugueses que não têm alternativa senão recorrer aos serviços públicos de saúde. Contudo, é fundamental perceber os motivos invocados pela ministra no momento da demissão. Que condições deixaram de existir esta madrugada? Que dado novo ou evolução recente levaram a esta decisão que, em face do estado de degradação do sistema de saúde ou mesmo dos casos particularmente trágicos que todas as semanas se sucedem, já poderia ter acontecido há meses?”, questiona.

Para o liberal, importa sobretudo entender se o primeiro-ministro, “que aceitou a demissão de imediato, está na prática a assumir o falhanço das opções políticas pelas quais é responsável. O chefe do Governo tem de vir dar explicações ao país e dizer, com clareza, que orientações políticas vai dar ao novo titular da pasta. Se António Costa optar por uma solução de continuidade de políticas e de responsáveis, continuará, também, a ser o maior responsável pelo estado calamitoso do SNS”, defendeu.

“Só uma reforma profunda do sistema, como a que a Iniciativa Liberal defende, baseada na concorrência entre prestadores e na liberdade de escolha dos doentes, poderá dar aos portugueses cuidados de saúde com a qualidade e celeridade que merecem, e que os brutais impostos que pagam justificam”, conclui a nota.

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