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Depois do BCE, ministros das Finanças europeus recomendam que bancos não distribuam dividendos

Ministros das Finanças da União Europeia apelam a que a banca utilize o capital libertado e os lucros disponíveis para apoiar famílias e empresas face ao impacto da pandemia do novo coronavírus.
  • Depois de muita especulação, a candidatura foi enviada na quinta-feira e o ministro é agora visto como favorito. Uma reunião na Costa do Marfim entre António Costa, Emmanuel Macron e Angela Merkel terá mudado as regras do jogo.
16 Abril 2020, 17h32

Os ministros das Finanças e da Economia europeus aprovaram esta quinta-feira uma declaração de apoio à aplicação flexível das regras da União Europeia na banca, na qual convidam os bancos a absterem-se de distribuir dividendos.

“À luz das recomendações das autoridades de supervisão, recomendamos a todos os bancos que ainda não decidiram fazê-lo a abster-se de fazer distribuição durante este período e a utilizar o capital libertado e os lucros disponíveis para estender o crédito ou outras necessidades de financiamento urgentes decorrentes da crise atual para os seus clientes de forma a ajudar a preservação da atividade económica”, refere a declaração divulgada após a video-conferência do Ecofin.

A recomendação do Ecofin segue em linha com a do BCE, que a 27 de março pediu aos 117 bancos que supervisiona que não paguem dividendos – referentes a 2019 e 2020 – ou recomprem ações até 1 de outubro de 2020. As maiores instituições financeiras em Portugal têm seguido a orientação, segundo decisão anunciada pelo Santander, o Millennium bcp, a Caixa Geral de Depósitos e o BPI.

Os ministros europeus apelam ainda à banca para apoiar “famílias e empresas afetadas pela pandemia da Covid-19, com o objetivo de garantir a continuidade dos negócios”, incluindo as pequenas e médias empresas “que enfrentam dificuldades temporárias” durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Realçando “a importância de que todas as autoridades continuem a adotar uma abordagem ambiciosa e coordenado ao especificar melhor como fazer a melhor utilização da flexibilidade disponível”, o Ecofin quer assegurar que as várias iniciativas anunciadas pelos vários países e instituições financeiras sejam levadas em conta e que existe um nível de condições de concorrência.

Os ministros das Finanças dizem ainda estar “prontos para tomar outras ações, incluindo medidas legislativas se necessário, para mitigar o impacto” da pandemia.

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