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Deputado por um dia: Esta aplicação quer aproximar os cidadãos da democracia

A aplicação móvel permite aos cidadãos conhecer e votar as propostas legislativas apresentadas no Parlamento desde 2011, permitindo aos cidadãos saber quais os partidos que mais se aproximam das suas opiniões.
9 Julho 2019, 08h08

A aplicação móvel meuparlamento.pt, que simula o plenário da Assembleia da República e traz as discussões e propostas legislativas ao telemóvel dos cidadãos, foi esta segunda-feira premiada no encontro nacional “Ciência 2019”. A tecnologia foi galardoada no valor de 10 mil euros e elogiada pela contribuição dada para reduzir o absentismo em ano de eleições.

A ideia partiu dos investigadores Nuno Moniz e Arian Pasquali, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e Tomás Amaro, engenheiro de software na Hostelworld. Objetivo: permitir aos cidadãos conhecer e votar as propostas legislativas apresentadas no Parlamento desde 2011, permitindo aos cidadãos saber quais os partidos que mais se aproximam das suas opiniões.

“A aplicação funciona de uma forma muito simples. Basta um minuto e três gestos para que os utilizadores sejam convidados a pronunciarem-se sobre como votariam 10 propostas legislativas que estiveram em apreciação parlamentar desde 2011 e que foram escolhidas aleatoriamente. Para votar a favor os utilizadores têm que deslizar para a direita, para votarem contra o deslize no ecrã tem que ser feito para a esquerda e para que se abstenham os utilizadores têm que deslizar para cima ou para baixo”, explica Nuno Moniz, investigador do INESC TEC, e um dos criadores da aplicação.

Através desta aplicação, os eleitores têm acesso às propostas que deram entrada na Assembleia da República, a questões no dia da votação, aos deputados e trabalhos realizados, entre outras informações.

O prémio atribuído à meuparlamento.pt foi entregue pela mão do primeiro-ministro, António Costa, do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Helena Pereira. A tecnologia foi reconhecida com uma forma de motivar os eleitores e atenuar o fosso cada vez maior entre a política e os cidadãos, “amplificada muitas vezes por uma era mediática marcada pelas fake news e pelas verdades paralelas”.

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