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Desemprego: há cada vez mais jovens “nem-nem”

Os jovens “nem-nem” ultrapassaram a barreira dos 300 mil em setembro. São jovens que não trabalham, não estudam e não estão em formação.
  • Reuters
10 Novembro 2016, 10h02

O desemprego recuou para 10,5% no terceiro trimestre do ano, a taxa mais baixa dos últimos cinco anos. Apenas o número de jovens que não trabalham, não estudam e não estão em formação – os chamados jovens “nem-nem” – parecem afetar esta tendência, ao ultrapassarem a barreira dos 300 mil em setembro.

De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), são mais de 11 mil os jovens “nem-nem” face aos 301 mil contabilizados no segundo trimestre do ano, o que representa uma subida de 0,6 pontos percentuais no número de pessoas entre os 15 e os 34 anos, desempregadas ou inativas. No entanto, em termos homólogos, a percentagem de jovens “nem-nem” recuou 0,5 percentuais.

Este ano começou com uma taxa de desemprego superior a 12%, que veio a decair para 10,8% no segundo trimestre do ano e que manteve a tendência de descida no terceiro trimestre, ao atingir os 10,5%. Contas feitas, o número de desempregados é agora de 549,5 mil.

Em relação à classe trabalhadora, verificou-se um acréscimo de 86,2 mil no número de pessoas empregadas face ao ano anterior.

O primeiro-ministro, António Costa, confrontado com estes valores afirmou ao DN que “esta é, seguramente, a boa notícia que nos deve motivar e dar confiança no trabalho que temos vindo a fazer”.

Costa aproveita ainda para relembrar que este foi o objetivo principal do plano económico do Governo: “emprego, emprego, emprego”.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, acrescenta que “a economia tem dinamismo” e “a economia está a mudar” tendo em conta que o emprego está a crescer a um ritmo muito mais acelerado do que o PIB. Segundo os dados no INE, o grande motor de crescimento do emprego foi o setor dos serviços.

Atividades como finanças, seguros, imobiliárias, transportes ou atividades de comunicação e informação foram as que mais cresceram em termos homólogos.

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