O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a cair em julho, indicam os dados divulgados esta terça-feira. No primeiro mês do segundo semestre de 2022, havia, assim, 277.466 indivíduos desempregados, valor mais baixo desde, pelo menos, 2003, ano em que arranca a atual série estatística.
“No fim do mês de julho de 2022, estavam registados, nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, 277.466 indivíduos desempregados, [total] inferior ao verificado no mesmo mês de 2021 (-91.238 indivíduos; -24,7%) e, no mesmo sentido, face ao mês anterior (-4.987 indivíduos; -1,8%)”, adianta o IEFP esta manhã.
De notar que em maio o desemprego registado caiu para o valor mais baixo desde 2003 e, desde então, tem renovado esses níveis mínimos, isto é, em junho o número de desempregados inscritos nos centros do IEFP voltou a recuar, atingindo um novo valor mais baixo e em julho repetiu-se essa trajetória.
Apesar dos efeitos da guerra nos custos das empresas, o desemprego não tem registado um agravamento, ainda que, em paralelo, o número de empregadores a recorrer ao layoff, regime que permite reduzir os horários de trabalho ou suspender os contratos de trabalho, venha a aumentar, conforme já escreveu o Jornal Económico.
A nota divulgada esta terça-feira pelo IEFP detalha que, a nível regional, julho foi sinónimo de uma redução homóloga do desemprego registado em todas as zonas do país, com destaque para o Algarve (-52,7%) e para a Madeira (-44,6%).
Em cadeia, “quase todas as regiões apresentaram decréscimos no desemprego”, salienta o IEFP. A maior quebra foi verificada no Algarve (13,3%), tendo, em contraste, o desemprego registado aumentado no Alentejo (+1,1%).
Já no que diz respeito às várias atividades económicas, o desemprego, revela o IEFP, diminuiu em termos homólogos em todos os grandes sectores: no agrícola houve uma quebra de 13,7%, no secundário de 24,4%) e no terciário -25,4%. “A desagregação da atividade económica permite observar que todas registaram descidas, em termos homólogos, sendo as variações mais significativas verificadas, por ordem decrescente, em: alojamento, restauração e similares (-38,7%); indústria do couro e dos produtos do couro (-36,5%) e fabricação de veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte (-31,7%)”, realça a nota divulgada esta terça-feira.
Quanto ao número de ofertas, no final de julho, os serviços do IEFP contam com 21.420 vagas em carteira por preencher, menos 7,8% do que há um ano e menos 1,5% do que no mês anterior.
(Notícia atualizada às 10h43)
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