Esta segunda-feira é marcada pelo Dia Internacional da Igualdade Salarial e nesse sentido, o “JN” assinala que uma recomendação feita pela Assembleia da República em 2013, relativamente à identificação pública das empresas multadas pela prática de discriminação salarial, ainda não está a ser aplicada pela Autoridade para as Condições do Trabalho.

Desigualdade salarial é pior entre trabalhadores mais velhos

Relativamente à discriminação salarial, nota o “JN” que os últimos números conhecidos são de 2021 e nesse relatório podem ser verificadas duas situações anómalas: a primeira é que as empresas sancionadas não estão identificadas e a segunda é que 89% dessas condenações resultaram apenas numa advertência.

Apesar dos esforços anunciados nos últimos anos, a disparidade salarial entre homens e mulheres continua longe de desaparecer e, mostram os dados recentemente atualizados, piora à medida que a vida ativa decorre.

Num trabalho que o JE desenvolveu em março deste ano, foi possível concluir que é entre os trabalhadores mais velhos que se regista um fosso entre géneros mais acentuado, sendo que as interrupções na carreira que as mulheres vão fazendo para cuidar dos filhos e demais familiares ajudam a explicar essa diferença face aos homens.

Entre os países europeus para os quais há dados disponíveis, Portugal é aquele cujo fosso salarial entre as mulheres com mais de 65 anos e os homens das mesmas idades é maior (28%), tendo já ultrapassado França, Espanha e Suíça, que anteriormente ocupavam o topo dessa tabela.