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Despeça-se! Vai ganhar mais se o fizer, defende economista britânica

Kristin Forbes, que se prepara para deixar o Banco de Inglaterra e voltar a dar aulas no MIT, defende que o número de despedimentos por iniciativa do trabalhador é um indicador de confiança do mercado de trabalho e de perspetivas sobre aumentos nos rendimentos.
1 Julho 2017, 18h00

Quantos trabalhadores sonham em largar o patrão insuportável ou o emprego entediante, mas não o fazem por medo que o próximo seja ainda pior ou não apareça tão cedo? Segundo a economista do Banco de Inglaterra, Kristin Forbes, o facto de os trabalhadores escolherem abandonar os empregos é um sinal de confiança no mercado de trabalho e ajuda a aumentar os rendimentos.

A lógica é simples: o poder passa do lado dos empregadores para os empregados, que podem assim maior margem de manobra para negociar os salários. Se a tendência em todo o mercado é essa, então os rendimentos globais acabam por subir.

Forbes, que está ela a própria prestes a abandonar o Banco de Inglaterra para voltar a dar aulas no Massachusetts Institute of Technology, explicou, em entrevista à Bloomberg, que analisa nos seus estudos académicos o número de despedimentos por iniciativa do trabalhador como um indicador para monitorizar a confiança do mercado de trabalho e definir perspetivas de evolução dos salários.

“Muitas vezes, quando se abandona e muda de emprego, é quando se obtém um aumento salarial e os despedimentos caíram recentemente”, explicou a economista em entrevista à Bloomberg. “Isso faz-me pensar que os trabalhadores estarão um pouco mais cautelosos, o que pode estar travar os salários”.

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