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Despesas na preservação do ambiente atingiram 2 mil milhões de euros em 2017

Despesas em ambiente e receitas provenientes de impostos ambientais atingem novos máximos em 2017. O ano também ficou marcado por ser o mais quente e seco, com a maior àrea ardida desde 2001.
  • Estabeleça “metas verdes” para 2019
21 Dezembro 2018, 11h39

Em 2017, as despesas em ambiente representaram 1,1% do PIB – Produto Interno Bruto, ascendendo a 2 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde 2013, revela o relatório ”Estatísticas do Ambiente”, divulgado esta sexta feira, pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, que analisa sete setores ambientais relevantes.

Despesas em ambiente
Despesas em ambiente e receitas provenientes de impostos ambientais atingem novos máximos em 2017. Em 2017, as despesas em ambiente representaram 1,1% do PIB (1,0% em 2016), ascendendo a 2 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde 2013. Esta evolução positiva foi resultado de acréscimos generalizados da despesa nas Administrações Públicas, Indústria e Produtores Especializados.

Poluição atmosférica e clima
O ano de 2017 em Portugal, para além de ter sido o segundo ano mais quente, caracterizado por um valor de temperatura média do ar de 16,3 ºC, superior em 1,1 ºC à normal climatológica, foi o terceiro mais seco dos últimos 87 anos. O estado da qualidade do ar e a concentração de partículas inaláveis pioraram face a 2016.

https://jornaleconomico.pt/noticias/mais-de-metade-de-portugal-em-risco-de-desertificacao-extrema-390748

Qualidade da água
Apesar disso, a qualidade da água para consumo público e a qualidade das massas de água balneares continuou a melhorar
em 2017.

Em 2017, a qualidade das massas de água, quer interiores quer costeiras/transição, melhorou face a 2016. Por outro lado, já em 2018 foram distinguidas com a atribuição de Bandeira Azul (um conjunto de requisitos de qualidade ambiental, segurança, bem-estar, infra-estruturas de apoio, informação aos utentes e sensibilização ambiental) um total de 332 praias, atingindo um novo máximo na série de dados disponíveis, correspondente a um crescimento, face a 2017, de 3,8%.

Incêndios
O ano de 2017 foi o ano com maior área rural ardida desde 2001, com 539,9 hectares ardidos.

A rede nacional de Áreas Protegidas de Portugal Continental totalizou 736 mil hectares em 2017, 8,3% do território  continental. Segundo dados provisórios do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios, ocorreram 9,725 mil incêndios rurais em Portugal Continental em 2018, menos 11,281 mil ocorrências comparativamente a 2017.

Gestão de resíduos
Em 2017, houve mais resíduos urbanos gerados mas menos resíduos setoriais. O aumento, pela primeira vez em cinco anos, da quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis destinados a aterro e a interrupção da tendência de crescimento da quantidade de resíduos urbanos preparados para a reutilização e reciclagem pode comprometer as orientações estratégicas de âmbito nacional da política de gestão de resíduos.

Circulação de automóveis
Vendas de automóveis aumentaram pelo sexto ano consecutivo, para um total de 6,4 milhões de veículos automóveis (ligeiros e
pesados) em circulação, o que corresponde a um aumento de 3,8% comparativamente a 2016, (mais 238,891 veículos). Este aumento manteve assim a tendência crescente que se observa desde 2012.

Formação e educação ambiental
O número de indivíduos ao serviço das Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) aumentou 4,7% em
2017, após três anos consecutivos de redução. As ações junto dos media e a realização de congressos, seminários e ações de formação aumentaram, respetivamente 8,0% e 5,5%, com realce para a componente da formação.

Em sentido inverso, as ações ligadas à educação ambiental diminuíram 10% e o número de publicações, estudos técnicos e pareceres reduziram-se em 7%, embora esta última continue a representar a principal atividade das associações com um total de cerca de 3 mil ações realizadas.

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