Uma semana depois do “fenómeno climatérico extremo” que destruiu parte das instalações da Porto Editora, na Maia, o grupo enfrenta a crise “mais grave de sempre”. A produção da empresa ficou inutilizada e não há data para recomeçarem os trabalhos, o que pode vir a comprometer o arranque do novo ano letivo, avança o jornal “Público”.
A atividade logística da Porto Editora está parada e assim deve continuar nas próximas semanas. O colapso de uma estrutura metálica na semana passada vai obrigar a “reconstrução total” do edifício e a empresa já está a sub-contratar serviços a outras empresas. Os prejuízos ainda estão por conta, mas o diretor de produção do grupo, Eduardo Viana, fala em dezenas de milhares de euros.
O incidente aconteceu numa altura em que a empresa deveria começar a enviar para as escolas amostras de manuais para as escolas poderem escolher quais os livros que serão adotados e, assim, poder preparar as impressões de manuais para o próximo ano. A Porto Editora garante que o grupo “vai fazer todos os possíveis” para assegurar a normalidade necessária nas escolas.
“É o Ministério da Educação quem nos dá uma grandeza dos manuais que são necessários. Assim como é o Ministério da Educação quem é determinante para a fixação de preços dos manuais. Não podemos imprimir nenhum livro sem sabermos isso. A convenção é que essas negociações sejam feitas até ao final de março. Esperamos que sejam cumpridas”, explica Eduardo Viana.
O grupo é responsável por 60% do segmento dos manuais escolares em Portugal.
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