O principal índice português abriu sessão esta quarta-feira em terreno negativo. O PSI 20 negoceia a perder 0,50% para os 5.242,33 pontos, pressionado pelas desvalorizações do BCP, energia e retalho.
O BCP é a cotada a registar maiores perdas, ao cair 1,67% para os 0,246 euros. No setor do retalho, a Sonae recua 1,02% para os 0,966 euros e a Jerónimo Martins tropeça 0,38% para os 15,790 euros.
Em baixa está também o setor da energia. A EDP perde 0,20% para os 2,964 euros, a EDP Renováveis cai 0,26% para os 6,920 euros, a Galp Energia desvaloriza 1,27% para os 15,925 euros e a REN resvala 0,54% para os 2,584 euros.
Em queda está também a Pharol, depois de a Espírito Santo International, no Luxemburgo, ter vindo pedir para ser anulado o pagamento do papel comercial à Portugal Telecom SGPS alegando que na altura, em 2014, já estava falida e como tal esses 750 milhões de euros deviam fazer parte da massa falida. A cotada recua 0,55% para os 0,364 euros.
A cair estão também a Semapa (-0,25%), a Corticeira Amorim (-0,62%), a Mota-Engil (-1,13%), a Altri (-0,29%), os CTT (-1,04%) e a Pharol (-1,02%).
Em sentido contrário, estão a NOS (1,78%), a Ibersol (3,17%) e a Sonae Capital (0,12%).
Os investidores da bolsa portuguesa mostram-se cautelosos no dia em que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) volta emitir uma nova série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) a curto prazo. As obrigações têm um maturidade de cinco anos e um juro mínimo de 1,10%.
Esta é a sexta série de OTRV que o IGCP lança desde abril de 2016, tendo um montante mínimo indicativo de 500 milhões de euros.
Esta quarta-feira há também apresentação de resultados trimestrais. A Sonae apresenta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) as contas dos primeiros nove meses do ano, após o fecho da bolsa nacional. Os analistas do Caixa BI acreditam que a cotada tenha tido até setembro uma quebra de 12% nos lucros para os 121 milhões de euros, apesar de as receitas terem aumentado 6,8%.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga também os fluxos físicos de energia registados em 2015.