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Detenção da CFO da Huawei e queda do preço do petróleo levam Wall Street a fechar mista

Detenção no Canadá da CFO da Huawei, Meng Wanzhou, fragilizou as tréguas comerciais entre os EUA e a China, podendo colapsar. OPEP adiou a decisão sobre corte de produção do petróleo, levando o preço do “ouro negro” a cair.
  • Reuters
6 Dezembro 2018, 21h32

A bolsa de Nova Iorque encerrou mista. Entre os três principais índices, apenas o tecnológico Nasdaq fechou a negociar em terrenos positivos, com uma valorização de 0,64% para 6.838,85 pontos. O industrial Dow Jones cedeu 0,32% para 24.947,67 pontos e o S&P 500 perdeu 0,17% para  2.695,50 pontos.

A contribuir para a desvalorização do Dow Jones, estiveras as ações das energéticas que se ressentiram da queda do preço do petróleo devido ao adiamento da decisão do cartel formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em cortar a produção do crude, que iria equilibrar o mercado, ajustando a oferta à procura.

Durante a sessão desta quinta-feira, as ações da Exxon Mobil caíram 3%, enquanto os títulos da Chesapeake Energy e da Marathon Oil desvalorizaram 8,43% e 6%, respectivamente.

Os principais preços de referência do “ouro-negro” perderam mais de 2%. O Brent, preço de referência mundial e para o mercado europeu, caiu 2,16% para 60,23 dólares enquanto o West Texas Intermediate, referência para os Estados Unidos, perdeu 2,27% para 51,59 dólares.

As tréguas comerciais entre os EUA e a China, anunciadas na final da cimeira do G20, no passado fim-de-semana, tornaram-se esta quinta-feira mais frágeis e poderão até colapsar, depois da detenção no Canadá da CFO da Huawei, empresa que fabrica smartphones, Meng Wanzhou, filha do fundador da empresa.

O setor bancário viu-se pressionado com a queda das taxas de juro das obrigações do Tesouro norte-americano e ficou em estado de alerta depois de o Citigroup ter dado sinais, na quarta-feira de um profit warning, isto é, uma comunicação ao mercado que os lucros serão abaixo das expectativas. Os títulos deste banco caíram mais de 5%, noticiou a Agência Reuters.

No setor tecnológico, as ações da Apple fragilizaram-se depois de mais um fornecedor da criadora dos iPhones ter revisto em baixo as receitas. A Largan, que fornece lentes para as câmaras dos iPhones anunciou um corte de 29% das receitas face ao projetado há um ano atrás por causa da baixa procura pelos produtos flagship da empresa liderada por Tim Cook.

 

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