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Dezenas de milhares de russos fogem para a Geórgia, Cazaquistão e Arménia

Por não exigirem visto para cidadãos russos, a Geórgia e a Arménia têm sido um destino importante para os russos em fuga desde o início da guerra iniciada em 24 de fevereiro.
27 Setembro 2022, 16h39

A Geórgia e o Cazaquistão reportaram a entrada de dezenas de milhares de russos pelas suas fronteiras, que fogem do país depois de Vladimir Putin ter decretado uma mobilização parcial para a guerra na Ucrânia, segundo a AFP.

“Há quatro ou cinco dias, 5 mil a 6 mil [russos] chegavam diariamente à Geórgia. O número aumentou para cerca de dez mil por dia”, revelou o ministro do Interior, Vakhtang Gomelauri, aos jornalistas.

Segundo Tblilisi, o número de pessoas da Federação Russa que chega diariamente ao país quase duplicou desde que o Presidente russo anunciou a mobilização de centenas de milhares de reservistas, no dia 21 de setembro.

Por não exigirem visto para cidadãos russos, a Geórgia e a Arménia têm sido um destino importante para os russos em fuga desde o início da guerra iniciada em 24 de fevereiro.

Segundo o “The Guardian”, que cita uma fonte governamental de uma região da russa, cerca de 5.500 carros criam uma fileira para passar a fronteira georgiana, numa situação “extremamente tensa”.

Na terça-feira, o Cazaquistão fez saber que cerca de 98.000 russos entraram no país desde que a medida foi anunciado na quarta-feira passada pelo Kremlin.

“Recentemente tivemos aqui muitas pessoas da Rússia”, disse o líder cazaque Kassym-Jomart Tokayev foi citado como tendo dito pelo seu serviço de imprensa.

“A maioria deles é forçada a partir devido à situação desesperada. Temos de cuidar deles e garantir a sua segurança”, afirmou.

Segundo a “Reuters”, Putin disse numa reunião com oficiais que os agricultores estão entre os russos que estão a ser recrutados para as forças armadas.

“Gostaria também de me dirigir aos chefes regionais e aos chefes das empresas agrícolas. Como parte da mobilização parcial, estão também a ser recrutados trabalhadores agrícolas. As suas famílias devem ser apoiadas. Peço-vos que prestem especial atenção a esta questão”, disse o líder russo.

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