Atualmente, os números mostram que embora haja cada vez mais mulheres do que homens com um diploma universitário, a percentagem de mulheres na UE à frente de empresas é inferior a 5%. E de um modo geral, as mulheres trabalham em setores com salários mais baixos, além de que é menos provável que os homens interrompam as suas carreiras para cuidar dos filhos ou de familiares. Em consequência, na maior parte dos casos, são as mulheres que dedicam menos tempo a trabalho remunerado e quem tem mais dificuldades em conciliar trabalho e vida familiar.
Estas desigualdades refletem-se na remuneração por hora das mulheres que continua a ser 16,7% mais baixa do que a dos seus colegas masculinos. Ao ritmo atual, as disparidades salariais entre homens e mulheres estão a diminuir tão lentamente que até 2086 as mulheres não auferirão o mesmo que os homens.
A Comissão tem vindo a trabalhar no sentido de eliminar as disparidades salariais entre homens e mulheres. Para o efeito, consultou os parceiros sociais e o público em geral sobre a melhor maneira de enfrentar o desafio da conciliação entre vida profissional e vida privada, para que homens e mulheres possam desenvolver todo o seu potencial no mercado de trabalho e vida familiar.
Concluída esta fase de consultas, a Comissão Europeia apresentará uma proposta para as famílias que trabalham em 2017 que não só ajudará os pais trabalhadores e cuidadores a encontrarem um equilíbrio entre a vida privada e profissional, como aumentará a participação das mulheres no mercado de trabalho. Para a Comissão, é necessária uma maior igualdade no momento da adoção e escolha dos regimes de licença, bem como disposições sobre flexibilidade do trabalho e serviços de acolhimento de crianças mais acessíveis. Os homens devem poder cuidar dos seus familiares tal como as mulheres, e as empresas devem poder conservar e promover as mulheres qualificadas de que a Europa precisa.
Neste contexto, a Comissão continuará a apoiar os esforços dos Estados-membros no sentido de combater as disparidades salariais entre homens e mulheres no terreno.
“Se o homem médio europeu deixasse de trabalhar, hoje, continuaria a receber tanto quanto uma mulher média europeia que continuasse a trabalhar até 31 de dezembro. Isso não é justo, não é sustentável e é francamente inaceitável. Os empregadores europeus devem deixar de veicular a mensagem de que, por ano, as mulheres valem dois meses menos a pagar do que os homens. Os homens e as mulheres são iguais na União Europeia, sendo este um dos nossos valores fundamentais. Mas no nosso mercado de trabalho, mesmo em 2016, isso ainda não é uma realidade. A verdade é que o trabalho continua a ser um domínio em que homens e mulheres não têm as mesmas oportunidades. Para um trabalho equivalente, os homens são, em média, mais bem pagos. O teto de cristal continua a existir”, afirmaram, no âmbito da celebração desta dia, o primeiro vice-presidente Frans Timmermans e as comissárias Věra Jourová e Marianne Thyssen.
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