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Dia Europeu do Antibiótico: DGS e Infarmed pedem a médicos que receitem menos

A Autoridade Nacional do Medicamento alertou profissionais de saúde para a importância de avisar os doentes sobre o perigo de tomar antibióticos de forma inadequada.
18 Novembro 2016, 09h17

A Autoridade Nacional do Medicamento enviou cartas a médicos e farmacêuticos a pedir que avisem os pacientes dos riscos de tomarem antibióticos que não são prescritos. Na sequência das comemorações do Dia Europeu do Antibiótico, que se assinala hoje, foi lançada esta campanha a nível internacional.

A notícia é avançada pelo “Diário de Notícias”, que escreve sobre a falta de informação dos doentes no que diz respeito à medicação. De acordo com o jornal, o seu uso excessivo tem levado ao aparecimento de bactérias responsáveis por mais de 700 mil mortes no mundo. Em 2003, foram responsáveis por mais de quatro mil mortes em Portugal.

“Cerca de 60% dos portugueses continuam a achar que os antibióticos servem para tratar vírus e cerca de 50% acham que tratam gripes e constipações. É muito acima da média europeia”, refere ao DN Carlos Palos, do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos.

Segundo o especialista do programa da Direção-Geral de Saúde, “Portugal tem melhorado globalmente no consumo de antibióticos e estamos abaixo da média europeia” e continua “longe dos melhores países”.

Carlos Palos sublinha que os dados do Eurobarómetro de abril sobre a resistência aos antibióticos mostravam uma redução do número de pessoas que tomou este tipo de medicamento nos últimos meses.

Ao que o DN apurou, o número de embalagens de antibióticos dispensados em 2015 aumentou 3,5% em relação ao ano anterior, passando de cerca de 7,7 milhões para cerca de 8 milhões. A tendência é de diminuição, quando comparado o primeiro semestre de 2016 com o período homólogo de 2015:

“Entre o primeiro semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016 as embalagens de antibióticos diminuíram 3,4%, de 4,4 milhões para 4,3 milhões. Bragança e Beja foram os distritos com maior diminuição de embalagens de antibióticos dispensados” nesse período, indica a carta do Infarmed.

 

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