Há cerca de 20 anos, começava o processo de massificação de utilização da internet e do telemóvel e, hoje em dia, as nossas vidas estão totalmente dependentes destas duas invenções do Homem. Estamos mais conectados do que nunca e a facilidade com que dispomos de informação oferece-nos uma imensidão de novas possibilidades.
Estas tecnologias situam-se entre as que mais potenciaram a quarta revolução industrial, a revolução digital, que tem vindo a alterar a economia de forma global. A velocidade da onda de digitalização é exponencial, uma vez que cada evolução tecnológica que ocorre contribui para a aceleração de várias novas descobertas.
Todo este ambiente de transformação tem vindo a potenciar, ao longo da história, a proeminência dos mais aptos e mais capazes de se adaptarem.
Nesta conjuntura, os paradigmas instalados à volta do trabalho e dos trabalhadores foram quebrados. Os empregos para a vida tendem a desaparecer e o trabalhador do futuro será um digital worker, mais independente, mais empreendedor e combinará a inteligência humana com a artificial na forma como irá reinventar a sua maneira de trabalhar. No futuro, o trabalho será muito diferente de como hoje o conhecemos.
O digital worker é uma espécie de super-herói do trabalho com múltiplos poderes. Consegue comunicar por som e imagem a milhares de quilómetros de distância, analisar biliões de dados em segundos, controlar e orquestrar os dispositivos à sua volta a partir do seu telefone, materializar objetos com a sua impressora 3D, ou aprender a executar novas tarefas por si próprio e em tempo real, através de óculos de realidade aumentada.
O surgimento e ascensão do digital worker estão intimamente relacionados com a propagação da inteligência artificial e a progressiva substituição do ser humano por robôs. Substituição essa que ocorre para trabalhos repetitivos que requerem menor criatividade, capacidade de improviso ou poder estratégico de decisão. E estas mudanças potenciam novas possibilidades de negócio.
As pequenas empresas têm aqui a oportunidade para se agigantarem, enquanto as grandes empresas podem procurar novos modelos de eficiência e diversificação para manterem as suas ofertas competitivas. Cabe, então, aos gestores entenderem esta nova realidade e prepararem as suas empresas:
No futuro próximo, os digital workers vão ditar o sucesso das empresas e do C-level aos trabalhadores, em que todos demonstram cada vez mais vontade de percorrer este processo de evolução, de modo a fazerem parte da revolução digital.
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