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Diogo Freitas do Amaral: “Marcelo está a exercer o mandato através das televisões”

O político e jurista acaba de publicar “Da Lusitânia a Portugal – Dois mil anos de história”, cujo limite é o ano de 1982. À margem de uma entrevista ao DN sobre a obra, disse que o atual Presidente da República continuará a ser um governante ativo.
3 Dezembro 2017, 12h35

Diogo Freitas do Amaral acredita que o atual Presidente da República está a exercer o seu mandato através das televisões. Segundo o académico, se houver uma revisão constitucional, o chefe de Estado português sabe “que é da competência exclusiva da Assembleia da República e não deixará cair uma palavra aqui ou acolá para influenciar”.

“O professor Marcelo (…) sabe que os partidos não aceitam bem que reduzam os poderes dos seus governos. (…) Ele foi o primeiro Presidente eleito pela televisão, numa campanha que durou mais de uma década através de intervenções semanais. Além de que, neste momento, o professor Marcelo Rebelo de Sousa está a exercer o seu mandato presidencial através das televisões. Esse é o maior poder que se pode ter”, disse, em declarações ao Diário de Notícias.

O político e jurista acaba de publicar “Da Lusitânia a Portugal – Dois mil anos de história”, cujo limite é o ano de 1982. À margem de uma entrevista sobre a obra, Diogo Freitas do Amaral referiu que o Presidente da República já percebeu que o seu maior poder “não está na Constituição mas quando fala ao povo e na perceção das suas necessidades”.

Questionado sobre se é o momento de fazer uma nova revisão constitucional, Diogo Freitas do Amaral afirmou que é “da opinião que sim, mas por enquanto não estão reunidas as condições políticas para se poder obter uma maioria de dois terços na Assembleia da República, pois tanto o PS como o PSD estão muito afastados um do outro”.

O professor universitário não acha que o Presidente da República vá antecipar a data dessa revisão e considera que Marcelo Rebelo de Sousa continuará a ser um governante ativo, mas que não está a dar instruções sobre como orientar a política externa, por exemplo. “Agora que é uma pessoa muito presente é verdade, e que, pela sua inteligência e conhecimentos, cada palavra sua pesa”, sublinhou ao DN.

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