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Diretor da CIA coloca China ao lado da Rússia como grandes ameaças para os EUA

Mike Pompeo, em entrevista ao canal de televisão britânico BBC, considera que a China está tão capacitada como a Rússia para constituir uma ameaça para os Estados Unidos.
30 Janeiro 2018, 13h02

O diretor da agência de inteligência norte-americana CIA, Mike Pompeo, considera que os esforços da China para influenciar o Ocidente são tão preocupantes quanto a ingerência russa. Em entrevista ao canal de televisão britânico BBC, Mike Pompeo considera até que a China está mais capacitada para ameaçar os Estados Unidos do que a Rússia.

“Pense na escala das duas economias”, disse Mike Pompeo, referindo-se à Rússia e à China. “Os chineses têm uma capacidade muito maior para executar esse tipo de ações do que os russos. Diariamente assistimos a tentativas [por parte da China] de roubar informações norte-americanas e infiltrar-se nos Estados Unidos com espiões”, explicou.

O diretor da CIA lembra que, no início deste ano, um antigo oficial da CIA, Jerry Chun Shing Lee, foi detido no principal aeroporto de Nova Iorque por suspeitas de ter acedido a informações secretas ilegalmente e estar a colaborar com o Governo chinês. Acredita-se que Jerry Chun Shing Lee tenha sido o responsável pela fuga de informação em relação aos espiões norte-americanos na atuar na China.

O antigo oficial trabalhou na CIA entre 1994 e 2007 e terá guardado documentos classificados e, alegadamente, fornecido nomes e moradas dos espiões em causa. Em dois anos, foram 20 as baixas entre os espiões americanos. Desses alguns foram presos e outros sujeitos a tortura e assassinados.

“Vemo-los [os espiões] nas nossas escolas, hospitais e serviços médicos. Eles estão por toda a América e em todas as partes do mundo, incluindo a Europa e o Reino Unido”, defende Mike Pompeo, pedindo uma maior colaboração entre os países ocidentais para dar resposta às ameaças chinesas.

Sobre a Rússia e a sua ingerência nos Estados Unidos, Mike Pompeo acredita que as interferências russas não terminaram e que é possível que a Rússia volte a interferir nas eleições legislativas deste ano. “Não vi uma diminuição significativa das suas atividades”, sublinhou o diretor da CIA.

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