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Diretor do Fisco ucraniano, suspeito de corrupção, levado de maca a tribunal depois de sofrer ataque cardíaco

Desde a destituição do antigo presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, a luta contra a corrupção maciça no país é uma das prioridades do novo presidente, Petro Poroshenko.
  • Valentyn Ogirenko/REUTERS
7 Março 2017, 12h26

O diretor do Fisco ucraniano, Roman Nasirov, foi detido esta segunda-feira para interrogatório por suspeita de ter desviado cerca de 70 milhões de euros aos cofres do Estado. Roman Nasirov terá sofrido um ataque cardíaco, visto com ceticismo pelas autoridades, e terá sido transportado para comparecer diante do juiz deitado numa maca.

O caso é insólito, mas desde a destituição do antigo presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, em 2014, a luta contra a corrupção maciça que abala no país foi assumida como uma das prioridades do novo presidente, Petro Poroshenko.

Segundo o Departamento Nacional Anticorrupção, o chefe dos Serviços Fiscais, nomeado para o cargo em 2014, terá recebido subornos de várias empresas em troca de favorecimentos pessoais. Entre as companhias ligadas a este escândalo está uma do antigo deputado Oleksandr Onyshenko, que terá abandonado o país depois das autoridades terem iniciado a investigação.

“Continua a ser a máquina de lavagem de dinheiro e recurso o dinheiro sujo que domina desde as eleições”, assinala Daria Kaleniuk, diretora executiva do centro de ação anticorrupção da Ucrânia. “Fico feliz que tenha sido apanhado um ‘peixe grande'”, acrescenta.

Roman Nasirov poderá vir a ser o primeiro alto dirigente do país a ser condenado por corrupção desde a Revolução Ucraniana de há três anos. Ao longo dos últimos anos, têm-se multiplicado as queixas no país e a corrupção e a desigualdade social continuam a ser problemas fortemente enraizados na zona leste da Europa.

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