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Escolas defendem ensino do português e apoio psicológico para ajudar a integração de alunos ucranianos

A ANDAEP pede também “uma articulação entre o alto comissariado para as migrações e o Ministério da Educação e as suas escolas para que de facto possamos receber da melhor maneira estes jovens”.
9 Março 2022, 18h10

Ainda não existem números certos relativamente a quantos alunos ucranianos vão ser integrados nas escolas portuguesas, mas o presidente da Associação Nacional de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima defende que as escolas têm de estar preparadas para receber estas crianças e como tal a aposta deve passar pelo ensino da língua portuguesa e apoio psicológico.

“O que se pede é que haja uma articulação entre o alto comissariado para as migrações e o Ministério da Educação e as suas escolas para que de facto possamos receber da melhor maneira estes jovens que perderam as suas escolas que foram destruídas e têm direito à educação”, frisou ao Jornal Económico (JE) Filinto Lima.

Para o representante da ANDAEP será fundamental que os estudantes ucranianos aprendam o português e recebam apoio psicológico. “Nas escolas onde forem matriculados é evidente que o necessário será acionar desde logo o português de língua não materna”, sublinhou Filinto Lima.

A par com o ensino da língua portuguesa está o “apoio na área da psicologia”.

“Estes jovens estão traumatizados com a guerra e portanto os serviços de psicologia e orientação que as escolas dispõem poderão fazer um trabalho muito importante em parceria também com os centros de saúde locais e eventualmente com os hospitais”, referiu o presidente da ANDAEP.

Relativamente à formação de turmas exclusivas para ucranianos, Filinto Lima explicou que podem vir a existir, mas também pode acontecer que estas crianças sejam integradas em turmas existentes.

Até ao momento, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, cerca de dois milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, na sua maioria mulheres e crianças.

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