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Disney+ arrecada 86,8 milhões de assinantes em ano de queda das bilheteiras

Em resultado do novo foco, vários títulos Disney e Pixar que foram desenvolvidos para o cinema passarão para o Disney+ ou terão estreias simultâneas nas salas de cinema e na plataforma de ‘streaming’, que inclui uma subcamada paga denominada “Premier Access”.
  • Disney+
11 Dezembro 2020, 08h57

O serviço de ‘streaming’ Disney+, lançado pela Walt Disney em novembro de 2019, arrecadou 86,8 milhões de assinantes até ao início de dezembro, alcançando num ano o objetivo que tinha sido projetado para 2024.

Com as receitas das bilheteiras em queda livre e vários parques temáticos encerrados por causa da pandemia de covid-19, a Walt Disney disse aos investidores na sua apresentação anual que vai dirigir o seu foco para as plataformas dirigidas diretamente aos consumidores.

“O Disney+ excedeu as nossas expectativas mais loucas”, afirmou o CEO da Walt Disney, Bob Chapek, no Investor Day que decorreu esta madrugada a partir de Los Angeles.

“O nosso objetivo é servir os consumidores da melhor forma possível”, disse o executivo, sublinhando os “desafios duros” que a indústria enfrenta por causa da pandemia. “Estamos a encontrar novas formas de entreter as pessoas”, acrescentou.

Em resultado do novo foco, vários títulos Disney e Pixar que foram desenvolvidos para o cinema passarão para o Disney+ ou terão estreias simultâneas nas salas de cinema e na plataforma de ‘streaming’, que inclui uma subcamada paga denominada “Premier Access”.

Dos 100 títulos anunciados no Investor Day, 80% irão diretamente para ‘streaming’.

A disponibilização de mais conteúdos vai resultar num aumento do preço do serviço, que na Europa passa a incluir a nova marca Star e custará 8,99 euros (mais dois euros) e nos Estados Unidos passa para 7,99 dólares (mais um dólar).

A diretora financeira da Walt Disney, Christine McCarthy, disse aos investidores que as diretrizes da empresa para as plataformas direto-ao-consumidor foram revistas em alta.

A companhia prevê agora investir entre 14 e 16 mil milhões de dólares (12,6 a 14,4 mil milhões de euros) nos conteúdos das plataformas Disney+, Hulu e ESPN+, no ano fiscal de 2024.

Só o Disney+ deverá duplicar os gastos, passando de quatro para oito ou nove mil milhões de dólares, um “nível de investimento em conteúdo” que demonstra a nova estratégia da empresa, disse a diretora financeira.

Na mesma linha, a Walt Disney antecipa obter entre 230 e 260 milhões de assinantes Disney+ em 2024, cerca do triplo do que previra antes.

O serviço deverá tornar-se lucrativo em 2024, atingindo em 2021 o pico dos prejuízos esperados para os primeiros anos.

O foco nas plataformas de ‘streaming’ ocorre num ano em que toda a indústria ligada ao cinema sofreu grandes quebras, com as receitas até outubro a caírem 76% nos Estados Unidos, de acordo com números da Comscore.

A Disney optou por lançar o filme “Mulan” no Disney+ em setembro e será também aqui que estreará a nova longa-metragem da Pixar, “Soul”, no dia de Natal.

No início de dezembro, também a Warner Bros. anunciou que vai lançar “Matrix 4”, “Dune” e todos os seus filmes de 2021 no serviço de ‘streaming’ HBO Max, em simultâneo com o lançamento nos cinemas.

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