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Disney termina acordo de distribuição com Netflix

A Disney terminará o acordo de distribuição de conteúdos que a liga à Netflix em 2019 e vai lançar dois serviços de streaming: desporto e filmes para a família. Em análise está a criação de serviços idênticos exclusivos para os conteúdos Marvel e Star Wars.
  • Benoit Tessier/REUTERS
9 Agosto 2017, 11h12

A Walt Disney, uma das maiores empresas de media do mundo, terminará em 2019 o contrato de distribuição de conteúdos que a liga à Netflix e vai lançar, de moto próprio, dois serviços de streaming, um para desporto e outro para filmes para a família, adianta o Financial Times.

“Há já algum tempo que temos claro que o futuro desta indústria será forjado pela relação direta entre os criadores de conteúdos e os consumidores”, disse à imprensa Bob Iger, CEO da Disney, na passada terça-feira. “Quanto existe uma forte base de fãs, como tem a Disney ou a ESPN, tal cria variadas oportunidades em termos de conseguir explorar a paixão do consumidor pela marca e a ligação desta ao consumidor”, acrescentou.

Esta nova estratégia dará à Disney controlo total sobre a forma como são distribuídos algumas das suas maiores marcas. Assim, a partir de 2019, os filmes da Disney e da Pixar passarão a estar disponíveis apenas nos serviços de streaming da empresa. Ao mesmo tempo, a mudança oferece uma nova perspetiva sobre a consciencialização que as empresas de media tradicionais têm vindo a tomar acerca do potencial das visualizações online. As receitas de publicidade estão a diminuir e os concorrentes digitais estão a ganhar tração, revolucionando o modelo tradicional das cadeias televisivas.

O exemplo da Netflix é paradigmático. O serviço pioneiro do streaming online possui agora 100 milhões de clientes em todo o mundo e planeia gastar seis mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) em conteúdos até ao final do ano. Por isso, empresas como a Disney estão a reconsiderar o valor do licenciamento recebido face à perda de controlo sobre os seus conteúdos e os seus espetadores.

De acordo com o Financial Times, os subscritores dos futuros serviços de streaming da Disney terão cesso a conteúdos animados e reais, incluindo a sequela de “Frozen”, “Toy Story 4” e uma versão não-animada de “O Rei Leão”. O jornal adianta ainda que a Disney irá apostar em filmes originais, séries e curtas-metragens exclusivos para estes serviços, que serão lançados nos Estados Unidos antes de serem propostos noutros países.

Apesar disso, estes novos serviços não incluirão os filmes da Marvel ou da saga Star Wars. Iger afirmou ao jornal que está a ser estudada a possibilidade de criar serviços próprios para estes conteúdos.

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