O disparo nos preços do petróleo após a invasão russa da Ucrânia levou a que os lucros no mercado de matérias-primas duplicassem nos últimos anos, acelerando drasticamente uma tendência que se vinha verificando desde 2018. Um estudo da McKinsey aponta para o aumento das margens, especialmente no último ano, isto apesar dos objetivos explícitos de descarbonização na generalidade das economias mais avançadas.
Em 2018, o mercado global de matérias-primas gerou lucros totais de 27 mil milhões de dólares (24,8 mil milhões de euros), montante que saltou para 52 mil milhões (47,7 mil milhões de euros) em 2021 e o crescimento será para manter.
Deste valor, 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros) serão da responsabilidade do sector petrolífero, sendo que o valor deverá ter crescido bastante com a volatilidade acrescida gerada pela invasão russa da Ucrânia no início de 2022, acrescenta a McKinsey.
A consultora refere ainda o reordenamento do mercado na sequência das sanções internacionais impostas a Moscovo, o que levou a fluxos mais expressivos e constantes da Rússia para a China e a Índia.
Além do petróleo, o gás natural e a eletricidade são os dois principais responsáveis pelo mercado mundial de commodities, representando lucros de 7 (6,4 mil milhões de euros) e 13 mil milhões de dólares (11,9 mil milhões de euros), respetivamente.