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Dissidentes do Volt querem criar partido transeuropeu e do centro

Um grupo de dissidentes do Volt Portugal, entre os quais o antigo presidente Tiago Matos Gomes, pretende criar o Partido Democrata Europeu, movimento que se intitula transeuropeu e do centro político, e concorrer às eleições europeias de 2024.
16 Agosto 2022, 14h37

Contactado pela Lusa, Tiago Romão, antigo diretor de campanha do Volt nas legislativas de janeiro deste ano pelo círculo de Lisboa e agora na qualidade de vice-presidente deste movimento que quer constituir-se como partido, disse que a direção é composta por dissidentes que “não se enquadravam nas novas políticas do Volt Portugal e Volt Europa, que se colocaram completamente à esquerda”.

“Nós somos do centro! O ‘core’ [do Partido Democrata Europeu] neste momento são dissidentes [do Volt] por questões de ideais e princípios políticos”, acrescentou.

Tiago Matos Gomes, fundador do Volt Portugal e antigo presidente, pretende ocupar a mesma posição no Partido Democrata Europeu — que quer utilizar a sigla PDE.

O PDE autointitula-se como um partido “transeuropeu, eurofederalista, do centro, moderado e reformista”, de acordo com a informação disponibilizada aos órgãos de comunicação social.

“A par da criação do PDE nasce também o European Star Party, partido-mãe, de cariz europeu e o primeiro partido transeuropeu nascido em Portugal […]. É necessária uma mudança na estrutura política europeia, que no nosso projeto deverá passar a seguir um modelo semipresidencialista com a eleição de um presidente europeu através de sufrágio universal […]. Além do presidente, que será o responsável máximo pela política externa e forças armadas, existirá também um senado, um parlamento com iniciativa legislativa e um governo executivo”, acrescenta a nota.

Na ótica desta nova força, “as políticas estruturais deverão ser comuns” aos Estados-membros, que terão “a liberdade de manter a sua autonomia e identidade nacionais”.

Para se constituir como um partido é necessária a formalização junto do Tribunal Constitucional (TC).

“Os estatutos estão praticamente encerrados, falta a recolha de assinaturas”, sustentou Tiago Romão, que apontou como meta a entrega das 7.500 assinaturas até junho de 2023, o que permitirá ao TC legalizar o partido a tempo de concorrer nas europeias de 2024, disse o dirigente.

Até agora o partido tem entre “dez a 15 militantes” e o primeiro ponto de contacto com os cidadãos para chamar apoiantes e recolher assinaturas vai ser na Feira do Livro de Lisboa, entre os dias 25 de agosto e 11 de setembro.

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