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Dívida das empresas de energia europeias dispara 50%, avança Bloomberg

As empresas europeias de energia e serviços públicos estão a acumular mais dívidas para cobrir o custo da subida dos preços do petróleo e do gás. A Gazprom da Rússia declarou “força maior” para interromper o fornecimento de gás à Europa, através do gasoduto Nordstream 1.
18 Julho 2022, 15h02

As produtoras de energia elétrica na Europa atingiram um endividamento de 1,7 biliões de euros este ano, o que traduz um crescimento de 50% face ao nível registado em 2020 que reflete os efeitos da crise energética na região, avança a Bloomberg

As companhias do setor estão a recorrer a dívida para cobrir a subida de custos relacionados com a subida das matérias-primas (petróleo e gás natural), segundo a mesma notícia.

Mais recentemente a Uniper SE da Alemanha revelou precisar de cerca de 9 mil milhões de euros em fundos (obtidos através de dívida) e a empresa de energia checa CEZ CP que procura levantar até 3 mil milhões de euros para resistir à crise energética.

Pelo menos 24 mil milhões de euros de financiamento externo estão em curso no sector.

Segundo dados da Bloomberg, as empresas de electricidade da zona euro angariaram 45 mil milhões de euros através da emissão de obrigações e 72 mil milhões de euros através de empréstimos bancários durante os primeiros seis meses do ano.

A empresa russa Gazprom estará a evocar “motivos de força maior” para interromper o fornecimento de gás à Europa, através do gasoduto Nordstream 1, avançou a Reuters, que cita uma carta enviada pela empresa russa a pelo menos um grande cliente na semana passada, com data de 14 de julho. A empresa prevê dificuldades no abastecimento à Alemanha e países circundantes, devido a circunstâncias extraordinárias que fogem ao seu controlo. No entanto este corte corre o risco de escalar as tensões entre a Rússia e o Ocidente por causa da invasão da Ucrânia que Moscovo designa como uma “operação militar especial”.

O gasoduto Nordstream 1 está parado desde dia 11 de julho, numa interrupção habitual para uma manutenção de dez dias. Os países da União Europeia temem que o equipamento não seja reativado na quinta-feira, como previsto.

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