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Dívida pública pode atingir 70% do PIB em sete anos, defende Mário Centeno

O governador do Banco de Portugal referiu esta sexta-feira que Portugal “está a convergir com a zona euro, em termos reais e económicos desde 2016”. O governador sustentou que isso deve-se, entre outros fatores, à “extraordinária transição educativa que se está a passar em Portugal”.
9 Junho 2023, 22h11

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e antigo ministro das Finanças, defendeu esta sexta-feira que se até ao final desta década se mantiverem os indicadores existentes em 2019, a dívida pública vai aproximar-se da média da zona euro e pode mesmo atingir 70% do PIB em sete anos.

“Temos a dívida pública a aproximar-se muito significativamente da média da zona euro. Se até ao final desta década mantivermos os indicadores existentes em 2019 (saldo primário e diferencial da taxa de crescimento face à taxa de juro nominal) vamos aproximar-nos de níveis de dívida que estão na casa dos 70% do PIB, claramente abaixo da média do euro”, afirmou Mário Centeno, em conferência proferida na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.

Mário Centeno referiu que Portugal “está a convergir com a zona euro, em termos reais e económicos desde 2016”. O governador sustentou que isso deve-se, entre outros fatores, à “extraordinária transição educativa que se está a passar em Portugal”.

O governador associou ao crescimento estrutural a “estabilidade nas políticas e financeira que finalmente se conquistou”, salvaguardando que a dívida portuguesa “paga menos do que a espanhola, que a belga, muito próxima da francesa”.

Mário Centeno sublinhou que o risco “foi reduzido porque, pela primeira vez, num contexto de crise, as famílias e as empresas reduziram a sua dívida”.

Portugal deverá terminar o ano com o peso da dívida pública sobre o PIB num patamar abaixo do registado por Espanha e França, previu o Governo a 23 de maio através de Fernando Medina que defendeu que essa descida vai permitir poupar dinheiro com juros.

“Portugal terminará o ano com um Orçamento equilibrado e com a descida da dívida pública para 110% do PIB. É uma descida recorde do peso da dívida. A descida prevista para 2023 vai conseguir a Portugal um feito da maior importância estratégica, económica e política”, disse o ministro das Finanças.

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