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Do equilíbrio ao foco. Como podem os CEO implementar IA Generativa nas empresas?

A McKinsey aponta que, com milhões de possibilidades, as empresas podem aplicar a IA Generativa em todas as situações devido à sua facilidade de implementação e não apenas em situações pontuais.
7 Junho 2023, 14h43

A Inteligência Artificial (IA) ainda é terreno desconhecido para muitos mas a IA Generativa está na vanguarda e a acelerar rapidamente, devendo ser uma aposta das empresas. Pelo menos é um conselho da McKinsey & Company, onde indica sete recomendações para que as empresas apostem neste molde e indica como e quando os CEO devem agir.

O novo relatório da consultora lembra que a IA Generativa “requer uma abordagem clara a coordenada, dadas as suas probabilidades de risco únicas e a sua capacidade de ser aplicada em qualquer área da empresa”. Por esta razão, a McKinsey recomenda a criação de um grupo de trabalho específico, de forma a identificar e priorizar os melhores use cases, o que vai permitir uma aplicação segura e coordenada da IA.

A McKinsey aponta que, com milhões de possibilidades, as empresas podem aplicar a IA Generativa em todas as situações devido à sua facilidade de implementação e não apenas em situações pontuais. “Torna-se fundamental as empresas focarem-se nas áreas que permitam gerar maior valor e na combinação de tecnologias que possibilite novas formas de trabalhar”, indica a consulta em comunicado. 

Outra recomendação para os CEO é a capacitação e a construção. O estudo mostra que é necessário ter “uma grande quantidade de dados e a tecnologia mais moderna” para que se consiga aproveitar todo o potencial da tecnologia, sendo que as empresas têm de criar uma vantagem competitiva e, para isso, têm de agir com rapidez. 

“Os CEO geralmente têm em conta o equilíbrio entre os benefícios e os riscos envolvidos na IA generativa. Nesse sentido é importante estabelecer princípios éticos e diretrizes de utilização que tenham em consideração os riscos específicos de cada caso”, destaca o mesmo estudo. 

Mas nem tudo é tecnológico. As empresas devem também “criar e manter um conjunto equilibrado de parcerias que permitam avançarem de uma forma mais rápida”. O último conselho é o foco, com as empresas a deverem contratar profissionais adequados para desenvolver ferramentas de IA Generativa para capacitar e educar o capital humano já existente, desafiando as competências técnicas. 

“Cada CEO deve trabalhar com a equipa executiva de modo a refletirem sobre onde e como participar. Alguns executivos podem decidir que a IA Generativa apresenta uma oportunidade de transformação para as suas empresas, oferecendo a possibilidade de reinventar tudo, desde a investigação e desenvolvimento até ao marketing, vendas e apoio ao cliente. Outros podem optar por começar gradualmente esta implementação e escalar no futuro. Uma vez tomada a decisão, existem abordagens técnicas que os especialistas em IA podem seguir para executar a estratégia, dependendo de cada caso e área.”, afirma Benjamin Vieira, sócio da McKinsey & Company.

Sendo um processo ainda caro, a McKinsey lembra que a falta de ação pode fazer com que uma empresa fique tecnologicamente para trás em relação à concorrência, o que pode dificultar o seu avanço no futuro.

“A tecnologia de IA generativa está a avançar rapidamente. Por exemplo, a OpenAI lançou a 13 de março o GPT-4, que oferece melhorias significativas, de 40%, em relação à precisão e mitigação de erros em comparação com o GPT-3.5. No entanto, ainda existem alguns CEO que são cautelosos ao lidar com este tipo de ferramenta e procuram conhecê-la melhor testando-a em alguns use cases antes de fazer grandes investimentos. Mas é certo que o ciclo de lançamento, a quantidade de startups e a rápida integração em aplicações de software existentes são notáveis. Estas ferramentas são ideais para automatizar, aumentar e acelerar o trabalho de qualquer empresa”, conclui Benjamin Vieira.

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