A dona das marcas Zara e Maximo Dutti aumentou os seus lucros em 3,1% no primeiro semestre fiscal do ano, para 1.409 milhões de euros, quando comparado com igual período de 2017. Os resultados da Inditex, divulgados esta quarta-feira, ajudaram a recuperar a confiança dos investidores, após meses difíceis para a empresa, como os de fevereiro e agosto.
As ações do grupo espanhol liderado por Ortega estão esta manhã a subir 3,03%, para 26,299 euros, após a divulgação dos mais recentes números e do anúncio de que iria manter a sua previsão de investir 1.500 milhões de euros a nível mundial até janeiro de 2019.
Entre fevereiro a julho, as vendas mundiais da retalhista cresceram 3%, atingindo os 12.025 milhões de euros, segundo os dados enviados à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola. “A solidez de todas as alíneas das contas de resultados, como consequência da singularidade e do vigor do modelo de negócio integrado e sustentável integrado”, assinalou Pablo Isla, presidente da empresa.
Em Portugal, o grupo Inditex tinha, em janeiro último, 6.859 pessoas empregadas, a maior parte delas a trabalhar nas suas 342 lojas com as marcas de Zara (70), Zara Kids (16), Pull&Bear (51), Massimo Dutti(42), Bershka (49), Stradivarius (44), Oysho (36), Zara Home (28) e Uterque (6).
Para os analistas do Bankinter, o resultado líquido está em linha com as suas estimativas. Porém, “não inverte a tendência de desaceleração das vendas registada nos últimos trimestres (+9,1% no 2T17 vs +4,3% no 1T18), embora um forte controlo dos custos tenha permitido proteger as margens neste trimestre (+19,3% no 2T17 vs +19,1% no 2T18)”. “A Inditex conseguiu manter as margens, no entanto mantém-se a desaceleração das vendas que já tem vindo a mostrar nos últimos trimestres”, referem.
No final do mês passado, a empresa afundou 5,9% em bolsa. As ações da retalhista chegaram a perder 7% – o maior tombo diário em seis meses – depois de os analistas do Morgan Stanley terem revisto em baixa a recomendação para a empresa liderada por Pablo Isla. “A Inditex continua a ser uma retalhista de classe mundial, mas a posição do seu investimento tem enfraquecido há alguns anos”, escreveram os analistas Geoff Ruddell e Amy Curry, do Morgan Stanley, numa nota, a que a “Bloomberg” teve acesso. Com Lusa
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