O presidente dos EUA Donald Trump apontou este sábado, 5 de setembro, o envenenamento do líder de oposição russa, Alexei Navalny deveria ser “muito seriamente” investigado, mas assegurou que o seu governo ainda não tinha tido acesso a qualquer prova, segundo o “The Guardian”.
“Acho que temos que olhar para isto muito seriamente, se for o caso”, referiu o presidente americano em conferência de imprensa. “Não sei exatamente o que aconteceu. É trágico. É terrível, não deveria acontecer. Ainda não tivemos nenhuma prova, mas vou dar uma olhada”, garantiu Donald Trump.
“É interessante que todos mencionam sempre a Rússia, mas acho que provavelmente a China, neste momento, é a nação sobre a qual devíamos falar muito mais do que a Rússia”, sublinhou o candidato republicano.
Na quarta-feira, 2 de setembro, o governo alemão confirmou que Alexei Navalny tinha sido envenenado e pediu à Rússia “uma explicação urgente”. A substância identificada foi o Novichok, um agente que afeta o sistema nervoso central.
Em resposta ao governo da chanceler alemã Angela Merkel, o jornal russo “RBC” avançou a 2 de setembro, que o escritório do procurador-geral russo tinha requisitado ao Ministério da Justiça da Alemanha dados sobre o tratamento de Navalny, como os resultados dos testes para drogas, venenos, metais pesados e inibidores da colinesterase.
Anteriormente, o Kremlin apenas tinha destacado, em comunicado, não ter conhecimento de nenhuma informação proveniente da Alemanha, que confirmasse o envenenamento do crítico de Putin, segundo agência de notícias russa “Tass” citada pela “Reuters”. Por enquanto, a Rússia continua a aguardar respostas da Alemanha.
Apesar de a Rússia continuar a rejeitar envolvimento com a deterioração do estado de saúde de Alexei Navalny, aliados do opositor de Putin garantem que o presidente russo está associado ao caso. Ivan Zhdanov, dirigente da Fundação Anticorrupção de Navalny (FBK), disse ser “claro que apenas Putin, pessoalmente, poderia ter sancionado o envenenamento de Navalny”. “Ele odeia demasiado o que o FBK faz, que o expõem e à sua comitiva”, completou.
Depois da persistência da mulher e apoiantes, Alex Navalny foi transportado de avião para a Alemanha a 21 de agosto, um evento que sucedeu a sua indisposição no dia anterior, enquanto voltava da Sibéria para Moscovo. Atualmente o crítico do Kremlin está no hospital Charité, em Berlim, onde se encontra em estado de coma, mas antes esteve aos cuidados dos médicos russos em Omsk.
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