[weglot_switcher]

Donald Trump planeia processar jornal britânico por publicação sobre alegado assédio sexual

Os advogados de Donald Trump consideram as acusações uma tentativa de atacar o presidente antes das eleições, o mesmo argumento que utilizou o candidato republicano em 2016 quando surgiram as primeiras alegações de assedio sexual.
  • Donald Trump
18 Setembro 2020, 15h29

Jenna Ellis, consultora jurídica da campanha de Donald Trump, garantiu que o presidente dos EUA nega as acusações de assédio sexual e que pretendia “responsabilizar o “The Guardian” pela publicação da história de Amy Darris, em comunicado a que a “CBS News” teve acesso esta sexta-feira, 18 de setembro.

“Vamos considerar todos os meios legais disponíveis para responsabilizar o “The Guardian” pela publicação malicioso desta história sem fundamento”, assegurou Jenna Ellis considerando esta ser “apenas mais uma tentativa patética de atacar o presidente Trump pouco antes da eleição”.

Ao “The Guardian”, os advogados do presidente americano referiram que a versão de Dorris sobre ter sido assediada no evento de ténis US Open não resistia a qualquer escrutínio e se tivesse existido qualquer comportamento inapropriado de Trump dentro do camarote VIP, haveriam várias testemunhas.

Os advogados do candidato republicano consideraram “incrível” que Dorris tivesse escolhido voluntariamente estar próxima de Trump, no US Open e no memorial Versace, que decorreu dias depois do alegado ataque. A defesa do presidente dos EUA optou por sentar-se ao lado de Donald Trump quando poderia ter escolhido ficar ao lado do namorado, Jason Binn.

Não é a primeira vez que alegações de agressão sexual são feitas contra o presidente americano. Durante a corrida para a eleição presidencial de 2016, surgiram as primeiras histórias sobre a sua suposta má conduta. Na altura, o candidato republicano tinha afirmado que Hillary Clinton e a comunicação social estavam a orquestrar um ataque “cruel” e acrescentou que tinha “provas substanciais” que refutavam as acusações.

Até ao momento 26 mulheres já vieram a público apontar a suposta má conduta de Donald Trump, mas o presidente americano sempre rejeitou as acusações e classificou quem o acusa como “pessoas horríveis e mentirosas”.

O “The Guardian” avançou a 17 de setembro, que a ex-modelo Amy Dorris garantia ter sido assediada por Donald Trump, atos que, de acordo com a queixosa, decorreram no torneio de ténis US Open há mais de duas décadas. Entre as fontes contactadas pelo jornal e que confirmaram as história está a mãe de Dorris, amigos e o terapeuta, a quem Amy Dorris confidenciou a história.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.