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Dono da Altice passa a deter um quarto da British Telecom

A Altice UK, controlada por Patrick Drahi, terá informado o conselho de administração da BT de que não pretende fazer uma oferta para adquirir o grupo de telecomunicações britânico. Na quinta-feira, a operadora com sede em Londres anunciou que iria cortar 55 mil postos de trabalho até 2030.
  • Patrick Drahi
23 Maio 2023, 10h39

O fundador e presidente da Altice, Patrick Drahi, aumentou esta terça-feira a sua participação na British Telecom (BT) de 18% para quase 25%, passando a deter praticamente um quarto da operadora de telecomunicações britânica através da compra de 650 milhões de ações pela Altice UK.

Apesar do reforço acionista para 24,5%, a Altice UK terá informado o conselho de administração da BT de que não pretende fazer uma oferta para adquirir a empresa avaliada em cerca de 15 mil milhões de libras (aproximadamente 17,2 mil milhões de euros).

A empresa controlada por Patrick Drahi comprou, pela primeira vez, uma participação de 12% na BT em junho de 2021, tendo poucos meses depois aumentado essa participação em seis pontos percentuais, para 18%, no final daquele ano.

A percentagem detida pelo bilionário que fundou a dona da Meo foi até alvo de escrutínio por parte do governo do Reino Unido, mas essa avaliação, terminada no verão passado, concluiu que o investimento não representava preocupações de segurança nacional e Patrick Drahi não teria de reduzir essa participação.

Na quinta-feira, a BT anunciou publicamente uma reestruturação maciça – a maior do grupo em décadas, segundo o jornal “Financial Times” – que envolve corte de custos e a redução da força de trabalho em 55 mil empregos até 2030, o que corresponde a mais de 40% do total de colaboradores. Aliás, dez mil desses 55 mil empregos serão substituídos por Inteligência Artificial.

No primeiro trimestre deste ano, a BT teve uma queda homóloga de 12% nos lucros para 1,7 mil milhões de libras (2 mil milhões de euros). A operadora com sede em Londres revelou ainda, no relatório e contas do quarto trimestre do ano fiscal de 2023, publicado na semana passada, que pretende poupar 3 mil milhões em custos até 2025 e que a sua joint venture com a Warner Bros Discovery, de transmissão televisiva de desporto, teve um prejuízo de 123 milhões de libras (141 milhões de euros).

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