Wall Street fechou a terceira semana seguida de perdas com os três índices no vermelho, com destaque para a forte queda do Dow Jones ao perder mais de 950 pontos num dia de resultados trimestrais desapontantes.
O Dow desvalorizou 977 pontos, o seu pior dia desde outubro de 2020, fechando 2,81% abaixo, nos 33.814,99 pontos. O S&P 500 recuou 120 pontos, ou 2,75%, caindo para os 4.272,80, e o Nasdaq foi o menos castigado, recuando 2,54% para os 12.840,50.
O Dow Jones fecha assim a quarta semana seguida no vermelho, tendo perdido 1,5% no combinado do período e marcando a nona semana de perdas nas últimas onze. O S&P fechou com uma queda semanal de 2,5%, a terceira consecutiva, e o Nasdaq recuou 3,6% desde a semana anterior.
Com uma tendência de baixa causada pela iminente subida de juros na maior economia mundial e os medos de uma recessão no horizonte, a sessão de sexta-feira foi particularmente penalizadora para o sector da saúde. A HCA Holding foi mesmo o pior título das bolsas durante o dia, recuando mais de 21%, enquanto a Intuitive Surgical perdeu mais de 14% apesar de reportar resultados acima do esperado.
Os comentários de Jerome Powell quanto a um possível aumento de 50 pontos base nas taxas de juro já em maio continuaram a causar mossa nos mercados, bem como o reconhecimento do perigo de estagflação. O aumento dos juros castigou fortemente o sector tecnológico, com os principais títulos em terreno negativo. Meta, Amazon e Apple fecharam a perder mais de 2%, enquanto a Alphabet recuou mais de 4%.
Nem no sector financeiro o dia foi mais animado, com os principais bancos americanos a caírem acentuadamente. Destaque para o Bank of America, que perdeu 3,46%, enquanto Morgan Stanley e Goldman Sachs recuaram 4,70% e 4,38%, respetivamente. Noutros sectores, as telecomunicações sofreram com a perda de clientes da Verizon no primeiro trimestre, levando a ação a perder 5,4% na sessão.