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Draghi vai reunir com Biden em Washington. Discordância sobre fornecimento de armas à Ucrânia aumenta em Itália

O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, vai reunir-se amanhã com o Presidente dos EUA, em Washington, numa altura em que cresce entre os membros da coligação que governa Itália uma dissidência em relação ao fornecimento de mais armas à Ucrânia.
9 Maio 2022, 17h57

O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, vai reunir-se amanhã com o presidente dos EUA, em Washington, numa altura em que cresce entre os membros da coligação que governa Itália uma dissidência em relação ao fornecimento de mais armas à Ucrânia, segundo a “Reuters”.

O antigo primeiro-ministro Giuseppe Conte, cujo Movimento 5 Estrelas é o maior partido representado no parlamento, pediu a Draghi que procure uma solução diplomática para a guerra em vez de enviar “armas mais pesadas e mais letais”, que considera poder alimentar o conflito.

Draghi, que adoptou uma abordagem severa em relação à Rússia devido à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, ignorou os pedidos de Conte para se dirigir ao Parlamento antes da viagem a Washington para esclarecer a posição que será dada a conhecer a Biden.

De acordo com sondagens recentes, em Itália, contrariamente a outros estados europeus do G7, como Reino Unido, França e Alemanha – a opinião pública é pouco favorável ao envio de armas para a Ucrânia.

No sábado, Matteo Salvini, outra importante figura da coligação de Draghi, tomou a mesma posição que a Conte quanto ao apoio militar a Kiev.

“Mais armas para a Ucrânia? Não. Significariam mais mortes, mais guerra, mais fome”, disse Salvini.

Também o Partido Democrata (PD), a principal força de centro-esquerda no país que, até agora, tem apoiado a linha mais dura de Draghi, está a revelar sinais de divisão interna e de uma mudança gradual de posição.

“Draghi deveria dizer a Biden para não aumentar as tensões”, disse no domingo Graziano Delrio, do DP, acrescentando que um acordo negociado era a única opção viável.

O líder da DP, Enrico Letta, disse ao “Corriere della Sera” esta segunda-feira que a Europa “não se deve permitir ser liderada pelos Estados Unidos”, apelando aos cinco maiores países da UE que fossem primeiro a Kiev e depois a Moscovo.

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