A DS Smith terá de alienar a unidade fabril da Europac em Ovar para poder concretizar a OPA – Oferta Pública de Aquisição que tem em curso sobre a própria Europac.
Essa é uma das condições que a Bruxelas impôs para autorizar a referida OPA, de acordo com um comunicado hoje divulgado pelo RAPID – Representação da Comissão Europeia em Portugal.
Com efeito, a Comissão Europeia autorizou a aquisição da Europac pela DS Smith, sujeita a condições, entre as quais a venda da unidade da Europac em Ovar, proposta pela DS Smith.
“A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição da Europac pela DS Smith, ambas produtoras de papel e produtos de embalagem”, anuncia o comunicado do RAPID.
Mas, para tal, Bruxelas exigiu remédios à DS Smith. “A investigação da Comissão centrou-se em produtos de embalagem, chapas onduladas e caixas de cartão canelado. A Comissão receava que a aquisição proposta reduzisse significativamente o nível de concorrência no mercado das chapas onduladas e, consequentemente, das caixas de cartão canelado em Portugal”, esclarece o referido comunicado.
“Para dar resposta às preocupações da Comissão em matéria de concorrência, a DS Smith propôs alienar: a unidade Europac em Ovar, Portugal, no que se refere ao fabrico e fornecimento de chapas onduladas e de caixas de cartão canelado em Portugal”, revela o mesmo documento.
Outro dos eventuais problemas de Concorrência em torno desta OPA da DS Smith sobre a Europac respeitava ao mercado de chapas onduladas de cartão na França Ocidental.
Para contornar esse obstáculo, a DS Smith propôs alienar duas instalações fabris, a DSS Normandie e DSS Normandie (Cabourg), que produzem chapas onduladas e caixas de cartão canelado e abastecem a região ocidental de França, em especial a Bretanha.
“Estes compromissos eliminam em grande medida a sobreposição no que diz respeito ao fornecimento de chapas onduladas em Portugal e, como tal, qualquer problema de encerramento no que diz respeito às caixas de cartão canelado. Por conseguinte, a Comissão concluiu que a operação proposta, tal como alterada pelos compromissos, deixaria de suscitar preocupações em matéria de concorrência no EEE [Espaço Económico Europeu]”, conclui o mesmo comunicado, ressalvando que “a decisão está subordinada ao respeito integral dos compromissos” anteriormente referidos.
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