[weglot_switcher]

Durão Barroso “desonrou a função pública europeia”, acusam funcionários da UE

Grupo de funcionários das instituições europeias sustenta que Durão Barroso colocou em causa a reputação das instituições da União Europeia.
  • Francois Lenoir/Reuters
13 Fevereiro 2017, 17h14

Um grupo de funcionários das instituições europeias, autointitulado “EU employees” – funcionários da União Europeia (UE) –, apresentou queixa junto do mediador europeu, devido à passividade com que a ida do antigo presidente, Durão Barroso, para a Goldman Sachs foi encarada. O grupo sustenta que José Manuel Durão Barroso “desonrou a função pública europeia” e colocou em causa a reputação das instituições da UE.

A saída de Durão Barroso da Comissão Europeia (CE) para ir para o cargo de presidente não executivo do banco de investimento norte-americano Goldman Sachs não foi bem vista pelos funcionários das instituições europeias. Depois de terem reunido mais de 150 mil assinaturas numa petição que exigia mão pesada para combater a “porta giratória” em Bruxelas, o grupo “EU employees” quer levar até ao Parlamento Europeu uma queixa contra a inação da Comissão Europeia perante a passagem de antigos comissários para altos cargos no setor privado.

No caso de Durão Barroso, a situação é ainda mais crítica tendo em conta o papel que o Goldman Sachs assumiu na crise do subprime de 2007. Em comunicado, o grupo de funcionários pede ao Executivo comunitário que leve a questão ao Tribunal de Justiça da União Europeia e que suspenda a sua pensão de reforma como antigo presidente da Comissão. “A esta data, que tenhamos conhecimento, a CE não tomou uma decisão final”, pode ler-se no comunicado.

Em setembro de 2016, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, solicitou uma avaliação pelo Comité de Ética da Comissão Europeia, que concluiu que o português cumpriu escrupulosamente a legislação, não tendo, no entanto, demonstrado “a sensatez que se poderia esperar de alguém que ocupou o cargo de presidente durante tantos anos”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.