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É preciso acelerar 5G e aumentar a cobertura em Portugal, diz presidente da APDC

Rogério Carapuça, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), afirma que, em termos de penetração e da cobertura de 5G, Portugal tem zero contra 66% da média europeia.
30 Setembro 2022, 10h38

Rogério Carapuça, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), afirma que é preciso acelerar a implementação do 5G em Portugal, bem como aumentar a sua cobertura, numa altura em que o país continua a estar muito atrás do resto da Europa.

Do ponto de vista dos operadores de telecomunicações, “o investimento que foi feito até agora foi excelente, deu resultado. Portugal tem das melhores conectividades de banda larga da Europa e por isso ficamos bem na fotografia”, afirmou Rogério Carapuça na mesa redonda sobre o “Futuro das TIC” organizada esta sexta-feira pelo Jornal Económico.

“Só que recentemente apareceu um outro indicador que é a penetração e a cobertura de 5G, onde Portugal tem zero contra 66% da média europeia”, disse o presidente da APDC. Isto porque “tivemos um concurso de atribuição de frequências que levou um ano e porque tivemos um concurso que dá incentivos negativos a quem faz o investimento”.

Alguém que investe numa rede, com um investimento mais pequeno, e pode ter acesso às redes daqueles que investiram um valor maior por um preço que os donos dessas redes não podem, no limite, definir, é um desincentivo para o investimento para quem já investiu”, salientou.

Outro ponto a melhorar em Portugal, na perspetiva da APDC, é no sentido de aumentar a percentagem da população com “skills” digitais básicas. Isto além de aumentar os graduados e outros especialistas em tecnologias de informação e comunicação (TIC).

“Portugal tem uma grande carência de técnicos em tecnologias de informação e comunicação”, sendo um “grande ponto a resolver”, afirmou o presidente da APDC.

Rogério Carapuça refere ainda que é necessário haver mais “killer applications” para empresas, nomeadamente pequenas e médias empresas, dando como exemplo a fatura eletrónica e o comércio online, bem como haver uma simplificação dos serviços públicos.

(Notícia atualizada às 11:15)

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