“É preciso exigir um FBI da Europa”, diz Parlamento Europeu

Barcelona ainda está de luta e as ameaças do Estado Islâmico já estão aí. É Espanha, mas é também a Península Ibérica, a Europa toda. O tempo é curto e todos são poucos para combater o terror. Mas as autoridades europeias já estão a trabalhar em cima de propostas, para melhorar o combate, e evitar novos ataques terroristas.

” É preciso existir um FBI europeu”. A proposta é do presidente do Parlamento Europeu.

Para o italiano Antonio Tajani, o ataque cerrado do extremismo a toda a Europa só se combate com mais intercâmbio de informação e coordenação entre os Estados-membros. Só com “uma cooperação parecida ao FBI norte-americano” é possível aumentar a cooperação entre os vinte sete, um intercâmbio de informações de inteligência, e dos serviços secretos, que fluam com muito mais rapidez do que acontece atualmente.

Apesar de existir já uma organização conjunta, a Europol, o italiano Antonio Tajani, acredita que é possível, e desejável, fazer mais: “temos de trabalhar juntos contra o terrorismo, com mais prevenção, mais cooperação entre a fiscalização, polícias e serviços secretos” para se conseguir uma liderança europeia, que permita depois uma luta sem tréguas ao terrorismo internacional.

Tajani considera que é um erro que os países prefiram guardar toda a informação para si, ou não contem tudo o que sabem, por questões internas, e reforça: “o mais importante é o intercâmbio de informação entre os serviços secretos da União Europeia, mas também com outros países fora do bloco, como Estados Unidos e Israel.

O FBI da Europa é uma das propostas que vai ser trabalhada já a partir de setembro, numa comissão de investigação, que vai depois propor um conjunto de medidas aos Estados-membros.