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E se o Ártico ficasse sem gelo? Pode acontecer em 2044

Tendo como base diversos fenómenos e os acontecimentos atuais, algumas previsões apontam que o mês de setembro em 2026 já não vai conseguir ter gelo, enquanto outras previsões apontam que o degelo total só deverá acontecer em 2132, a muitos anos de distância. 
19 Novembro 2019, 16h57

O degelo está a ser apontado como uma das explicações para a subida do nível da água do mar em Veneza. Com o aumento da temperatura do núcleo da Terra e com as alterações climáticas provocadas pelo ser humano, a redução do gelo no Ártico é visível nas imagens capturadas pela NASA ao longo dos anos, que têm sido partilhadas nas redes sociais ao longo dos anos.

De acordo com um artigo científico publicado na revista ‘Nature Climate Change’ por investigadores da Universidade da Califórnia, o Ártico pode deixar de ser gelado em 2044. Os investigadores científicos colocaram em foco no artigo as suas previsões para os próximos 25 anos, embora estas não sejam muito animadoras.

No artigo em questão, os cientistas tentam prever o futuro do gelo que se encontra no Ártico por vários anos, tendo como base modelos climáticos globais que simulam como o sistema climatérico reage ao dióxido de carbono que entra na atmosfera, devido à poluição que é cada vez mais visível ao olho humano.

Tendo como base diversos fenómenos e os acontecimentos atuais, algumas previsões apontam que o mês de setembro em 2026 já não vai conseguir ter gelo, enquanto outras previsões apontam que o degelo total só deverá acontecer em 2132, a muitos anos de distância.

O principal autor do estudo, Chad Thackeray, explica que as previsões são diferentes porque depende da forma como as investigações interpretam o fenómeno que ocorre quando o gelo marinho derrete por completo, deixando a descoberto a água do mar mais escura que também absorve mais luz solar. A mudança da refletividade da luz solar no mar é um dos maiores responsáveis pelo degelo, adianta o cientista responsável pelo artigo.

A equipa de cientistas teve como objeto de análise, cerca de 23 modelos de degelo sazonal que se observaram entre 1980 e 2015, com recurso a observações de imagens de satélite. Posteriormente, a equipa teve em consideração os seis modelos mais realistas, reduzindo o intervalo de previsões para que aconteça um Ártico sem gelo. Assim, o Ártico deve ficar em gelo entre 2044 e 2067.

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