O presidente do PSD, Rui Rio, reiterou esta sexta-feira que existem discrepâncias “indesmentíveis” no relatório do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), no que toca à contabilidade pública. Rui Rio acusa o ministro do Estado e das Finanças, Mário Centeno, de “baixar o nível” e querer “confundir a opinião pública” ao fazer “desaparecer” 590 milhões de euros.
Em causa está a alegada discrepâncias entre dois quadros do relatório da proposta orçamental. Segundo uma comparação entre os dois quadros relativos à contabilidade pública que Rui Rio distribuiu, os valores sempre foram idênticos, desde 2005. No entanto, a partir da proposta orçamental de 2018, o líder do PSD nota que tem havido sempre uma diferença entre o saldo em contabilidade pública.
“Bateu sempre certo, só nos últimos dois anos foi feito aquilo que agora está a ser repetido: o saldo em contabilidade pública não é igual de um quadro para o outro, é tão mau que até parece uma gralha”, criticou o líder do PSD, aos jornalistas na Assembleia da República.
As declarações de Rui Rio surgem depois de Rui Rio ter acusado o Governo de “fraude democrática” devido a discrepâncias entre dois quadros do relatório da proposta orçamental. Em resposta às críticas, Mário Centeno afirmou que o líder social-democrata “ou não sabe nada de economia – e muito menos de Finanças públicas – , ou nunca viu fazer um Orçamento do Estado”.
Rui Rio disse ainda que “não querer baixar o nível da forma como o ministro baixou”, mas que Mário Centeno se fez de “desentendido, tentou confundir a opinião pública, falando na passagem do saldo de contabilidade pública para contabilidade nacional, não é isso que está em causa”.
Em causa estão, segundo o presidente social-democrata, 590 milhões de euros que “simplesmente desaparecem sem qualquer explicação” na comparação entre os dois quadros relativos à contabilidade pública.
“Aquilo que eu disse objetivamente mantém-se: ou esse dinheiro vai ser aprovado pela Assembleia, mas está automaticamente cativado e não vai ser gasto ou, se vai ser gasto, não vai haver superavit e vai haver pequeno défice”, afirmou Rui Rio. E acrescentou: “Isto é absolutamente indesmentível e não preciso de recorrer a deselegâncias como as que o senhor ministro recorreu”.
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