A companhia aérea ‘low cost’ easyJet tem estado a beneficiar dos problemas que têm ocorrido na rival Ryanair, com greves e cancelamentos de voos consecutivos nos últimos meses.
“Beneficiámos de uma série de eventos pontuais em 2018, incluindo as falências da Monarch e da Air Berlin, bem como os cancelamentos da Ryanair”, admite Johan Lundgren, CEO da easyJet, no comunicado referente aos resultados da empresa no quarto trimestre fiscal.
^Segundo este responsável, “a easyJet espera alcançar um forte desempenho tanto no quarto trimestre como em todo o ano, impulsionado por um crescimento melhor do que o esperado nas receitas de passageiros e complementares, bem como a redução de perdas na nossa operação em Tegel [Berlim]”.
“Esperamos agora que os nossos lucros globais para o ano se situem entre 570 e 580 milhões de libras [entre cerca de 639,5 e 650,7 milhões de euros ao câmbio atual], acima da nossa previsão. Isto foi possível apesar dos custos mais elevados causados pelas irregularidades das greves dos controladores de tráfego aéreo e de condições meteorológicas adversas”, prevê Johan Lundgren.
Segundo um comunicado da easyJet, a companhia aérea “finaliza o quarto trimestre com um forte desempenho, com uma procura robusta por parte dos clientes, impulsionando um desempenho superior, quer a nível de crescimento de receitas de passageiros e complementares, quer a nível de alta rentabilidade”.
“A irregularidade em toda a Europa continua a ser uma questão de âmbito amplo que está a impactar a receita, o custo e o desempenho operacional, sendo as principais causas as greves de controladores aéreos e as restrições ao tráfego aéreo. A easyJet registou um desempenho significativo na base de Tegel, reduzindo a perda esperada para cerca de 115 milhões de libras [cerca de 129 milhões de euros], além de uma economia adicional em custos de integração não relacionados no valor de 45 milhões de libras [cerca de 50,5 milhões de euros].
A easyJet espera que o número de passageiros para o ano inteiro, excluindo Tegel, tenha sofrido um aumento de 5,4%, para cerca de 84,6 milhões, impulsionado por um aumento esperado na capacidade de 4,2%, para cerca de 90,3 milhões de assentos, “que foi menor do que o originalmente planeado devido a algumas irregularidades externas”.
A taxa de ocupação, para o ano fiscal, deverá aumentar 1,0 pontos percentuais, para 93,6%.
“A receita total por assento, excluindo a operação de Tegel, em moeda constante, para o ano inteiro, deverá aumentar cerca de 6,5%. A receita total por assento, excluindo a operação de Tegel, em moeda constante, no segundo semestre, deverá aumentar cerca de 5,0%, no nível mais alto da previsão anterior”, adianta o referido comunicado.
Para o ano que termina a 30 de setembro de 2019, e usando como base o desempenho total no exercício de 2018, a easyJet espera uma capacidade total de crescimento de cerca de 10%, para cerca de 105 milhões de assentos.
“Aproximadamente metade deste valor representa a anualização do voo de Berlim, bem como o benefício do aumento de velocidade da frota no verão de 2018 e, portanto, é ponderado em relação ao primeiro semestre”, explica o comunicado da easyJet.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com