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Economia de baixo carbono: empresas portuguesas já sabem como será em 2030

O Meet 2030 teve três principais objetivos: criar cenários para 2030, identificar oportunidades e inovações que possam criar vantagens competitivas para as empresas e traçar recomendações para a melhoria das políticas públicas a nível nacional e internacional.
  • David Gray/Reuters
26 Novembro 2017, 12h00

Já são conhecidos os resultados do Meet 2030, projeto desenvolvido pelo BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, que agrega e representa empresas que se comprometem ativamente com a sustentabilidade e é um dos dinamizadores nacionais da transição para uma economia de baixo carbono, que valorize os ecossistemas e que seja geradora de bem-estar na sociedade.

Este relatório aponta um conjunto de recomendações para as políticas e investimentos públicos, recomendações específicas para a indústria, transportes rodoviários, residencial e serviços e para a captação de talento em Portugal.

Este projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Superior Técnico, com vista a entender como é que o crescimento económico e a criação de emprego são possíveis numa economia neutra em carbono. O processo, que decorreu ao longo de 10 meses, envolveu cerca de 30 empresas portuguesas, de 13 setores diferentes, que contou com diversas interações com entidades públicas como o ministério do Ambiente, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Agência para a Energia (ADENE) e a Secretaria de Estado da Indústria.

Para que seja possível alcançar uma economia de baixo carbono e a mesma ser compatível com o crescimento económico do país, este exercício de cenarização aponta para as seguintes conclusões:

Será fundamental a eletrificação da maioria dos setores, a qual deverá ser sustentada num mix de energia primária com uma maior quota de energia renovável e compatível com os objetivos pretendidos;

É possível identificar um eventual mix de energia primária para 2030 que, juntamente com medidas de sequestro de carbono, o mesmo será compatível com uma trajetória de redução de emissões de CO2 e alcance de uma economia de baixo carbono por volta de 2050;

Esta transição só será possível se suportada num mercado eficaz de carbono;

Para garantir a segurança energética do aprovisionamento, o gás natural proporcionará uma oportunidade imediata e material para limitar as emissões globais;

No cenário ambicionado o sequestro de carbono, associado a vários benefícios ambientais, assume-se como fundamental;

Será determinante a adaptação gradual das competências em geral e as competências da força de trabalho – existentes e futuras – às necessidades de uma economia de baixo carbono, no contexto da disrupção introduzida pela automação.

 

 

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