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Economia dos EUA vai crescer 1,7% este ano, prevê FMI

Abordando um dos temas mais importantes para a política económica atual nos Estados Unidos, Georgieva acredita que a inflação será de 3,8% este ano, descendo para 2,6% no próximo ano. Esta é uma melhoria em relação aos 5,7% do ano passado. 
  • Estados Unidos da América
27 Maio 2023, 12h08

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a economia dos Estados Unidos da América vai crescer 1,7% este ano, ainda que preveja uma desaceleração gradual até à aproximação do próximo ano.

Ainda que o crescimento totalize 1,7%, este deve desacelerar no último trimestre para 1,2%. Por sua vez, o PIB deve crescer apenas 1% no próximo ano.

No relatório Artigo IV, a presidente da instituição, Kristalina Georgieva, aponta que “a economia dos EUA provou ser resilientes à luz do endurecimento significativo da política fiscal e monetária de 2022”.

“A procura do consumidor manteve-se particularmente bem, impulsionada inicialmente por uma redução da poupança e, mais recentemente, pelo sólido crescimento do rendimento disponível”.

“A participação da força de trabalho em idade ativa avançou acima do seu pico pré-pandémico, a taxa de desemprego para mulheres e afro-americanos caiu para mínimos históricos e os salários reais têm aumentado mais rápido do que a inflação desde meados de 2022. Espera-se um crescimento de cerca de 1,2% (numa base do quarto trimestre) para este ano, ganhando modesto impulso no final de 2024. Espera-se que este crescimento desacelerado, mas ainda sólido, esteja associado ao aumento lento do desemprego para perto de 4,5% até o final de 2024”, indica o relatório.

Relativamente ao desemprego, esta taxa deve crescer “ligeiramente” até aos 3,8% no fim do ano, aumentando até aos 4,4% em 2024. “Será um mercado de trabalho bastante robusto”.

Abordando um dos temas mais importantes para a política económica atual nos Estados Unidos, Georgieva acredita que a inflação será de 3,8% este ano, descendo para 2,6% no próximo ano. Esta é uma melhoria em relação aos 5,7% registados no ano passado.

“A inflação continua a ser intoleravelmente elevada, especialmente a subjacente [4,1% em 2023 e 2,8% em 2024], o que revela que ainda há muito trabalho a ser desempenhado”, aponta a presidente do FMI. Por conta desta inflação, Kristalina Georgieva prevê que as taxas de juro permaneçam entre os 5,25% e 5,50% até ao final de 2024.

Sobre o aumento de preços verificado nos últimos meses, a entidade acredita em tréguas. “A inflação dos bens estabilizou e espera-se que o crescimento dos preços comece a moderar-se”.

“Alcançar uma desinflamação sustentada vai exigir um alívio das condições do mercado de trabalho que, até agora, não foi evidente nos dados”.

O organismo mundial recomendou os Estados Unidos a aumentar a receita através dos impostos, além de combater os “desequilíbrios estruturais” da Segurança Social e do Medicare (sistema de saúde público).

Sobre o teto da dívida, uma das grandes discussões entre Joe Biden e os Republicanos, a líder do FMI lembrou: “A história mostra que quando estamos no precipício é quando encontramos uma solução”. Para Georgieva, o impacto nos mercados tem sido de “pouca importância”, tratando-se de “ansiedade”.

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