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Economist prevê crescimento de Moçambique de apenas 3,4% em 2019

A consultora Economist Intelligence Unit antevê que Moçambique cresça “apenas 3,4%” no próximo ano, com um desempenho fraco em vários setores da economia, que aceleram depois para 4,5% entre 2020 e 2022.
5 Dezembro 2018, 11h47

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) antevê que Moçambique cresça “apenas 3,4%” no próximo ano, com um desempenho fraco em vários setores da economia, que aceleram depois para 4,5% entre 2020 e 2022.

“Esperamos que o desempenho económico continue lento em 2019, com o PIB real a expandir-se apenas 3,4%”, escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica ‘The Economist’.

Numa nota de análise ao país, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que o “acesso limitado” dos agricultores ao financiamento vai continuar a limitar o crescimento no setor agrícola e uma queda nos preços do carvão vai agir como um obstáculo ao aumento da produção mineira”.

Por outro lado, acrescentam, as dificuldades financeiras do Governo e os pagamentos atrasados aos fornecedores “vão continuar a penalizar fortemente o setor bancário, bem como a prejudicar a confiança dos investidores”.

A partir de 2023, no entanto, o panorama muda com o início da produção e exportação de gás natural, diz a EIU: “Isso vai dar gás à economia, que no final do período em análise (2023) deverá crescer 7,5%”.

Num relatório recente, a EIU tinha avaliado o risco de crédito soberano de Moçambique em CC, mas alertava que “o resultado foi piorado em seis pontos devido ao avolumar de pressões de liquidez sobre a moeda externa”, mas também devido à perspetiva de continuação do incumprimento para os detentores dos empréstimos às empresas públicas MAM e ProIndicus.

“Mesmo que um acordo com os detentores dos títulos de dívida pública seja alcançado, um acordo com os credores dos 1,1 mil milhões de dólares em empréstimos sindicados está ainda bastante longe”, dizem os analistas, vincando que “as avenidas do financiamento continuam seriamente restringidas enquanto estes assuntos não forem resolvidos, o que torna o défice orçamental e da balança corrente ainda mais arriscados”.

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