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EDP CoolJazz: O festival que combina música, natureza e cultura

Karla Campos, a mentora do festival EDP CoolJazz, acreditou desde cedo poder haver espaço para a criação de um festival de música dirigido a um target mais adulto, mas com espírito cool.
  • Cristina Bernardo
22 Julho 2017, 19h30

“Temos vários pontos fortes para este ano. Destaco o facto de termos 14 concertos em sete noites. Nunca o tínhamos feito. Era imperativo para mim criar mais espaço, dar uma experiência maior ao público. Nesse sentido, trabalhámos mais ainda a área Cool Pick & Go (food court do festival), queremos disponibilizar a maior e melhor variedade em termos de “o que se come” no festival. Não queriamos algo random, mas sim espaços muito concretos. Nesse mesmo espaço faltava ainda algo mais. No fundo, faltava música”, revela Karla Campos, a mentora do festival EDP CoolJazz, ao Jornal Económico.

Esta empresária trabalhou vários anos em publicidade e viveu no Rio de Janeiro. Sempre apaixonada pela música é uma frequentadora assídua de concertos e faz quilómetros para assistir aos maiores festivais do mundo como em San Sebastian (Heineken Jazz), Montreux e o Californiano Coachella, entre outros.

Karla acreditou desde cedo poder haver espaço para a criação de um festival de música dirigido a um target mais adulto, mas com espírito cool. A sua ideia inicial era fazer em Portugal uma espécie de festival inspirado no festival de Montereaux mas rapidamente percebeu que o conceito passava pela criação de um evento turístico, em quatro concelhos: cascais, Sintra, Oeiras e Mafra.

A ideia acabou por evoluir para um evento que promove vários concertos durante o mês de julho, em espaços nobres, que juntem natureza e património cultural. “São 14 anos de muita vontade em fazer sempre algo melhor e diferente. O balanço é extremamente positivo, prova disso, são os 14 anos. Consegui incutir um novo conceito de festival em Portugal. Os parceiros ao longo dos anos têm sido fundamentais para fazer tudo isto acontecer. Ter acesso a equipamentos com este valor cultural como é por exemplo o Jardim do Palácio do Marquês de Pombal (Oeiras) e criar ali uma sala de espectáculos, é um dos pontos altos para mim durante esta “jornada”, sublinha a empresária.
A 14ª Edição do festival, que começa no dia 18 de julho, distingue-se por apresentar dois espetáculos em cada uma das sete noites de concertos, numa forma de atribuir absoluta e vital importância aos artistas que sobem ao palco do festival: Rodrigo Y Gabriela, The Pretenders, Rita Redshoes, Maria Gadú, Jorge Palma ou Jamie Cullum são alguns dos nomes que vão desfilar até ao dia 29 de julho.

Mesmo com outras designações nos anos iniciais, tanto o EDP CoolJazz como o Sumol Summer Fest foram fundados por Karla Campos. A partir de 2016 abraçou ainda outra paixão: o Lisboa Dance Festival. Gosta muito de música electronica e não podia ficar-se só pelo gosto, tinha que trabalhar para erguer um evento que este ano já teve a segunda edição no mês de Março.

“A cultura é algo que usufruo diariamente. Portugal vive um ótimo momento em que a economia sente também esse impulso positivo. As pessoas sentem que o consumo de cultura é essencial para fortalecer o país. É nesse posicionamento que encontro cada vez mais e mais ideias para trabalhar. Estar aliada a essa vontade de mais e melhor é essencial. O futuro só poder ser bom. Live Experiences, creating new emotions, é o meu lema sempre!”, diz.

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