A portuguesa EDP realizou o primeiro investimento na área do hidrogénio. O financiamento acontece através da EDP Ventures, a empresa de capital de risco da EDP, na HySiLabs, uma startup com base em França. A empresa participou na ronda Série A com dois milhões de euros.
Em comunicado, a empresa nacional explica que a startup está a “desenvolver um método mais simples e económico para o transporte e armazenamento seguro de hidrogénio”.
“A EDP acredita que o hidrogénio renovável será um facilitador fundamental para a transição energética e pretende ser um agente ativo no seu desenvolvimento à escala global”, adianta Luís Manuel, membro do Conselho de Administração da EDP Inovação.
“Enquanto nos concentramos na sua produção, vemos a tecnologia da HySiLabs como um impulsionador inovador para a criação de um mercado mundial de hidrogénio renovável”, acrescenta.
Além da EDP Ventures, o investimento é liderado pela Equinor Ventures e contou com o Fundo do Conselho Europeu de Inovação e PLD Automóvel, somando o apoio da Kreaxi, Région Sud Investissement e CAAP Création. No total, a HySiLabs adicionou 13 milhões de euros para o desenvolvimento da tecnologia.
Segundo o comunicado da EDP, a startup utiliza um processo único “criado para trancar moléculas de hidrogénio num veículo líquido à base de sílica, a partir do qual pode depois ser libertado sempre que necessário”. Os primeiros testes obtiveram resultados positivos e demonstraram que o hidrogénio pode ser armazenado em segurança e que o transporte é estável.
A diferença mais significativa em relação às atuais soluções é que a molécula da startup apenas requer energia para fixar o hidrogénio, não necessitando para o libertar.
“O hidrogénio será uma pedra angular da transição energética – quer para o armazenamento sazonal de energia a longo prazo, quer para a utilização de combustível industrial. A HySiLabs desenvolveu uma solução única que pode superar os desafios do transporte e armazenamento de hidrogénio”, explica Corine Dubruel, presidente e CEO da HySiLabs.
Para a diretora, o financiamento “de alguns dos líderes do sector energético europeu é uma prova dos avanços tecnológicos da empresa e da confiança na experiência da nossa equipa”.
