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EDPs brilham e põem Bolsa de Lisboa no verde em contraciclo com Europa

Os Presidentes das EDP e EDP Renováveis, António Mexia, e João Manso Neto, foram notificados sobre a aplicação da medida de coação de suspensão do exercício de funções na gestão ou administração em empresas do Grupo EDP, mantendo-se o processo em fase de inquérito. PSI fecha em alta numa Europa em queda generalizada.
7 Julho 2020, 17h40

A EDP e a EDP Renováveis subiram quase 5% depois da definição sobre a liderança das empresas decidida ontem em Conselho Geral e de Supervisão. Na sequência da medida de coação que suspendeu António Mexia e Manso Neto da liderança das empresas, foram nomeados como CEO interino da EDP, Miguel Stilwell de Andrade e da EDP Renováveis Rui Teixeira. As ações regressaram hoje à cotação depois da suspensão decretada ontem pela CMVM.

Através de comunicado à CMVM a EDPR informou que no seguimento do um processo judicial relacionado com a atividade da EDP, que detém 82,6% do seu capital, o Conselho de Administração decidiu nomear como novo membro da Comissão Executiva e Administrador Delegado Mancomunado Rui Manuel Rodrigues Lopes Teixeira, o qual é designado como responsável para coordenar os trabalhos desta comissão e pela interlocução com a EDP.

António Mexia, e João Manso Neto viram aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de funções no Conselho de Administração Executivo da EDP, mantendo-se o processo em fase de inquérito. A investigação no âmbito da qual foram aplicadas as medidas de coação decorre desde 2012 e relaciona-se com um alegado favorecimento da EDP através da obtenção de supostas contrapartidas em cerca de 1,2 mil milhões.

As ações da EDP subiram 4,14% para 4,53 euros e as da EDP Renováveis avançaram 4,94% para 13,16 euros.

Nas subidas destacou-se outra cotada com menos peso no índice, a Ibersol disparou 25,10% para 6,38 euros. Os CTT também são dignos de registo ao subirem 1,36% para 2,23 euros.

Em queda o destaque vai para a Altri que perdeu -2,24% para 4,27 euros. O BCP caiu -0,91% para 0,1090 euros e a NOS recuou -1,70% para 3,58 euros. Também a Semapa se destacou com perdas de -1,32% para 8,22 euros e a Navigator com -1,46% para 2,17 euros.

Com isto o PSI-20 fechou a subir 1,02% para 4.452,2 pontos.

As principais bolsas europeias fecharam em baixa, depois dos ganhos generalizados de ontem nos principais índices acionistas. O EuroStoxx 50 caiu -0,85% para 3.321,6 pontos. O Stoxx 600 desceu -0,57% para 369,1 pontos.

A queda foi generalizada com o FTSE 100 a perder -1,53% para 6.189,9 pontos; o CAC a deslizar -0,74% para 5.034,7 pontos; o DAX a recuar -0,92% para 12.616,8 pontos; o FTSE MIB a desvalorizar -0,10% para 20.012,7 pontos e o IBEX a tombar -1,44% para 7.447,4 pontos.

O analista do Millennium bcp destacou hoje a notícia de que a cidade de Pequim não relatou novas infeções pela primeira vez em quase um mês. Foco também para as declarações de Anthony Fauci (especialista em doenças infeciosas), onde afirmou que qualquer vacina desenvolvida para afastar o novo coronavírus provavelmente será limitada no tempo em que poderá proteger contra a infeção.

Em termos empresariais a sessão foi marcada pela notícia que o Commerzbank pretende fechar mais de metade das filiais alemãs e que a espanhola Cellnex considera fazer um aumento de capital.

As previsões de Verão de Bruxelas são a notícia macroeconomica mais importante do dia. A Comissão Europeia acredita que Portugal vai ter uma quebra no PIB de 9,8%, o que representa uma forte revisão em baixa face às previsões feitas no início de maio (-6,8%) — ainda com um quadro muito incompleto dos efeitos da pandemia nas economias europeias.  Para 2021, Bruxelas espera agora uma recuperação de 6,0%, apenas duas décimas mais do que nessas contas da primavera.

Para a zona Euro, a Comissão prevê uma quebra de 8,7% este ano (era de 7,7% em abril) e uma recuperação de 6,1% em 2021, enquanto que para o conjunto da União Europeia é esperada uma contração de 8,3%.

No mercado do petróleo o Brent em Londres sobe 0,65% para 43,38 dólares no dia em que a Eni corta perspetivas do preço do petróleo.

O euro cai -0,14% para 1,1293 dólares.

No mercado de dívida pública, as obrigações alemãs a 10 anos subiram 0,31 pontos base para -0,43%. Já a dívida nacional cai -0,91 pontos base para 0,40%; e a espanhola sobe +0,02 pontos para 0,42%.

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