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Contra o “efeito Trump”: Starbucks vai contratar 10 mil refugiados

O líder da maior cadeia de cafetarias do mundo compromete-se a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar os trabalhadores que forem afetados pela medida imposta pelo presidente Trump. A promessa inclui trabalho e seguro de saúde.
30 Janeiro 2017, 10h52

Apenas dois dias depois do novo presidente norte-americano ter decretado uma série de medidas contra a entrada de imigrantes vindos de países considerados “perigosos”, o presidente-executivo da Starbucks Corp, Howard Schultz, vem agora anunciar que a multinacional planeia contratar 10 mil refugiados para 75 países durante os próximos cinco anos.

A ideia de Donald Trump de que a suspensão temporária das entradas de imigrantes vindos de países como a Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen vai ajudar os Estados Unidos a combater e a prevenir casos de terrorismo no país não está a convencer grande parte do eleitorado. Antes pelo contrário. Por todo o país romperam várias manifestações contra o apelo ao ódio e a discriminação das políticas de Donald Trump.

E Howard Schultz é mais um dos empresários a juntar-se à causa. Em comunicado, o CEO da maior cadeia de cafetarias do mundo compromete-se a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar os trabalhadores que forem afetados pela medida imposta pelo presidente Trump.

Esta ajuda aplica-se também aos funcionários que, no caso de ser revogado o Affordable Care Act (conhecido como ObamaCare), terão à sua disposição um novo seguro de saúde providenciado pela Starbucks.

Ainda contra as promessas eleitorais de Donald Trump, Howard Schultz mantem ainda o compromisso de continuar a operar no México.

“Não vamos ficar parados, nem ficar em silêncio, com a incerteza em torno das ações da nova administração a crescem a cada dia que passa”, escreve Howard Schultz em comunicado, acrescentando que é com “profunda preocupação e coração partido” que anuncia estas “promessas firmes”.

Também o fundador e CEO da Airbnb, Brian Chesky, já se mostrou disponível para oferecer alojamento gratuito a refugiados e a qualquer pessoa não permitida nos Estados Unidos. Outros empresários como os CEO’s da Tesla, Facebook, Google, Apple e Microsoft têm expressado a sua desaprovação publicamente, através das redes sociais ou em manifestações nas ruas.

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