“Terramotourism”, de acordo com os criadores do documentário (o coletivo Left Hand Rotation), “é um retrato subjetivo de uma cidade e a sua transformação ao longo dos últimos seis anos”. Transformação que comparam com o terramoto de 1755, passe o exagero. “A 1 de novembro de 1755, um terramoto destruiu a cidade de Lisboa. O seu impacto foi tal que deslocou o homem do centro da criação. As suas ruínas legitimaram o despotismo esclarecido. Lisboa hoje treme novamente, abalada por um sismo turístico que transforma a cidade a velocidade de cruzeiro”, alertam.
“O seu impacto desloca o morador do centro da cidade. Que novos absolutismos encontrarão aqui o seu álibi? Enquanto o direito à cidade se derruba, afogado pelo discurso da identidade e do autêntico, a cidade range anunciando o seu colapso e a urgência de uma nova maneira de olhar, de reagir a uma transformação, desta vez previsível, que o desespero do capitalismo finge inevitável”, argumentam.
Veja aqui o documentário:
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